O ator José Regino recria ações e gestos dos bebês em “Parapanã”

Veterano do teatro brasiliense, o ator e diretor José Regino vive uma nova experiência em “Panapanã – Teatro Para Bebês”, em cartaz até 15 de maio no Teatro da Árvore, em Águas Claras. Sozinho no palco, ele vivencia as limitações físicas dos bebês, suas ações e reações, traduzindo isso em gestos e ações físicas, e buscando prender a atenção de uma plateia formada justamente por… bebês.

À frente da companhia Celeiro das Antes, Regino se envolve pela segunda vez em uma montagem voltada a esse público — crianças de 6 meses a 4 anos. A outra foi “Alma de Peixe”, que estreou em 2009.

Resultado do projeto de pesquisa A Arte do Não Alcançar, “Parapanã” foi concebido, escrito e dirigido por José Regino em parceria com a atriz Hyandra Lo. O trabalho de criação envolveu pesquisas em creches, para observar ações e reações de bebês, pequenos comportamentos com os quais a maioria dos bebês se identificassem.

Bebês acompanham o clima à sua volta. Basta observar, quando o ambiente está alegre eles ficam mais participativos e despertos, quanto há tristeza, o comportamento é o mesmo. Choram ao ouvir o choro de outras crianças e com o tempo aprendem a consolar quem está triste – do jeitinho deles, oferecendo um brinquedo ou a mamadeira

As observações feitas nas creches foram levadas por Regino e Hyandra para a sala de ensaio e organizadas em sequências, de forma que surgissem daí pequenas narrativas sobre coisas e situações reconhecíveis pelos bebês.

“Com essas ações, criamos o universo da personagem Zambelê, que está o tempo todo descobrindo o mundo a sua volta”, diz Regino, que testou essas narrativas em creches públicas e particulares de Brasília.

Até 15/5, somente aos sábados e domingos, às 11h. No Teatro da Árvore (Colégio La Salle, Quadra 301 AE S/N, Águas Claras; 8334-7617). Ingressos a R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia).