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Gama é um celeiro de produção na arte do teatro de bonecos

Sete companhias estão atualmente em atividade na região administrativa, produzindo espetáculos que percorrem todo o Distrito Federal e até chegama outros países

atualizado

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Loyane Marques/Divulgação
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Reza a lenda que o teatro de bonecos nasceu há muitos séculos, no Oriente, na região onde hoje estão China, Índia e Indonésia. No Brasil, desembarcou no século 16, e se consolidou, principalmente, em Pernambuco. Aqui, esse tipo de teatro ganhou uma técnica de manipulação com linguagem própria (e bem brasileira): o mamulengo.

Como a arte não tem fronteiras, atualmente, um dos principais celeiros do teatro de bonecos — e dos mamulengos — fica no Planalto Central, mais precisamente no Gama. O Metrópoles contabilizou sete grupos que estão saindo daqui para mostrar seu talento por todo o país. Confira a história dessas companhias:

Kakau Machado/Divulgação
“Dona Passinha Conta Brasília”

Bagagem Cia. de Bonecos
Criada em 1983, é uma das companhias de teatro de bonecos (foto no alto) mais antigas do DF. Em 2004, conseguiu a sede própria, o Espaço Cultural Bagagem, no Gama. Este ano, o local está fechado por falta de verba — que vem, normalmente, do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) e de editais do Ministério da Cultura. Para o próximo ano, o grupo pretende reabrir o espaço, com capacidade para 60 espectadores. “Além disso, vamos dar continuidade ao projeto Teatro Móvel”, avisa Leda Carneio, integrante da companhia. “Adaptamos um caminhão com carroceria para receber nossos espetáculos encenados a céu aberto”. Durante o mês de dezembro, a trupe apresenta o tradicional “Auto de Natal” na Estrutural, no Varjão, na Vila Telebrasilia, em Samambaia e em Ceilândia.

 

Divulgação
“Pedro e o Lobo”

Cia. Titeritar
Foi fundada pelos atores Luiz Cláudio e Onildo Junior em 1997. Com a saída do bonequeiro Luiz Cláudio, Onildo convidou os filhos Lucas e Rafael Rezende para fazer parte da companhia. Além de oficinas e teatro de bonecos, eles fazem contação de histórias e palhaçarias. Atualmente, o trio se dedica à arte das marionetes. “Pedro e o Lobo”, “O Dragão Verde” e “O Misterioso Furto da Trouxa de Roupa Suja” estão as  principais montagens da companhia.

 

Kacau Machado/Divulgação
Cidade dos Bonecos

Cidade dos Bonecos
Formado por sete artistas, o grupo desenvolve espetáculos de teatro de bonecos desde 2001. “Nesta linguagem, a companhia tem três espetáculos: ‘Contos, Histórias e Canções’, que mistura bonecos, contações de histórias e música ao vivo; ‘A Flor do Sertão’, baseado no mito grego de Perséfone; e ‘A História de Mané Bocó’, inspirado nos contos de Câmara Cascudo”, conta Rodrigo Valença, um dos integrantes. A trupe também faz um trabalho com teatro de sombras, a montagem “Sombras do Destino”. “Estamos desenvolvendo esse projeto há dois anos. No enredo, um casal apaixonado se separa por causa de uma guerra que chega ao vilarejo onde eles vivem. A trilha sonora é toda dos Beatles”, destaca.

 

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“Romance da Menina Feia”

Grupo Avulso
de Teatro Popular
Foi criada em 2008, após uma oficina de técnicas circenses com o Grupo Mistura Íntima Dell’ Arte. Na ocasião, os atores tiveram a chance de aprender as linguagens da palhaçaria, da percussão e do teatro de bonecos. O resultado dessas experiências pode ser visto nos espetáculos da companhia, a exemplo de “Romance da Menina Feia”, “Recontando Chapeuzinho Vermelho” e “O Macaco e a Velha”. O Grupo Avulso de Teatro Popular também investe em esquetes de palhaçaria  — é o caso do espetáculo “Buia” — e na dramaturgia — já encenou a peça “O Caos”..

 

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“Benedito e o Boi Pintadinho”

Grupo Pilombetagem
Há mais de 10 anos na estrada, a companhia já apresentou seus espetáculos em várias cidades do Distrito Federal. Uma das montagens mais conhecidas é “Benedito e o Boi Pintadinho”. A brincadeira de mamulengo é inspirada num conto do jornalista e historiador Luís da Câmara Cascudo (1898-1986). A história narra a vida do vaqueiro Benedito, famoso por não mentir. “O Conto do Catador” e “Teobaldo” são outros trabalhos do grupo, que também atua na palhaçaria e na animação de eventos.

 

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“Zequinha e sua Turma”

Mendigos de Gravata
Depois de uma oficina teatral, Ricardo Pindura e mais sete amigos criaram a companhia. A estreia foi a peça “Adão e Eva”. Outras montagens vieram e, em 1998, o grupo se desfez. Quatro anos depois, Ricardo decidiu retomar as atividades, desta vez, com novos integrantes. Atualmente, a trupe é um quinteto que também faz parte do grupo Multicultural, cuja proposta é divulgar as artes — do Gama, principalmente — por meio de atividades como divulgação e auxílio na formulação de editais. Alguns projetos merecem destaque. Entre eles, “Zequinha e Sua Turma”, montagem que aproxima as crianças da arte do teatro de bonecos e do circo; “Teatro Reciclável “, que alerta sobre a importância dos cuidados com o meio ambiente; e “Droga Fora de Cena”, criado para combater o uso de drogas entre crianças e adolescentes.

 

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“Os Meninos Verdes”

Voar Teatro de Bonecos
A companhia nasceu em 2003 pelas mãos do diretor e bonequeiro Marco Augusto. Atualmente, é composta por seis pessoas que já se apresentaram em todos os estados do Brasil e na Espanha, no México e no Chile. “Fazemos parte da União Internacional dos Marionetistas (Unima) e temos amigos em vários lugares do mundo. Foram alguns deles que nos ajudaram a traduzir nossos espetáculos quando fomos nos apresentar em países de língua hispânica. A linguagem do teatro de bonecos é universal, mas foi preciso adaptar o texto e colocar expressões típicas de cada lugar”, conta Marco Augusto. Os principais espetáculos do sexteto é o clássico “João e o Pé de Feijão” e “Os Meninos Verdes”, inspirado no livro homônimo de Cora Coralina. Em breve, a adaptação terá sessões em Rondonópolis (MT) e Dourados (MS).

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