“Frida y Diego” revê a intensa relação de Frida Kahlo e Diego Rivera
Leona Cavalli e José Rubens Chachá interpretam os dois geniais artistas mexicanos, que viveram uma história de amor incomum
atualizado
Compartilhar notícia
Mote central da mostra “Frida Kahlo: Conexões Entre Mulheres Surrealistas no México”, que levou um grande público à Caixa Cultural entre abril e junho deste ano, a mexicana Frida Khalo volta a ser tema de um evento em passagem pela cidade.
Desta vez, a peça “Frida Y Diego”, que fica em cartaz sábado (13/8) e domingo (14/8) no Teatro da Unip. Leona Cavalli e José Rubens Chachá vivem a pintora e seu amado, o igualmente genial Diego Rivera, em texto escrito por Maria Adelaide Amaral e dirigido por Eduardo Figueiredo.
A intensa relação dos dois é mostrada a partir de uma fase conturbada. Com a saúde debilitada e atormentada por muitas dores, Frida volta a morar com Diego, em casas vizinhas ligadas por um corredor. A história, no entanto, vai e vem no período de 24 anos, passando por México, França e Estados Unidos, onde o casal viveu e trabalhou.
Sob domínio dos atores
Figueiredo conta que optou por centrar a encenação no trabalho dos atores. Leona ressalta o desafio de interpretar uma mulher que é um forte ícone no imaginário do público. Por isso, procurou se desfazer de todas as impressões que tinha sobre a pintora para poder elaborar sua atuação.
Duas personalidades fortes, com arraigadas convicções artísticas e políticas, os dois artistas tiveram que lidar com mútuas infidelidades e sucessivas tragédias pessoais — uma delas, a impossibilidade de Frida de ter filhos, o que lhe causou três abortos.
Frida e Diego se casaram em 1929. Moraram nos Estados Unidos entre 1931 e 1934. Divorciaram-se em 1939, mas continuaram mantendo relações. A história dos dois, de certa forma, prossegue até a morte de Frida, em 1954. O divórcio intensificou o uso abusivo de álcool por ela, até morrer após uma grave pneumonia.
Grandes mulheres, grandes artistas
Leona Cavalli diz que durante os ensaios não podia sequer ter dor de cabeça. Afinal, tendo sofrido um acidente sério, que deixou marcas e dores pelo resto da vida, sua personagem em nenhum momento se colocou como vítima, sofredora ou dependente.
Apesar de focar na relação do casal, a peça de Maria Adelaide Amaral pode ser incluída numa série de textos da autora preocupados em retratar grandes mulheres das artes. Da lista fazem parte também “Tarsila”, “Chiquinha Gonzaga” e “Mademoiselle Chanel”.
Em “Frida y Diego”, além de Leona e José Rubens Chachá, entram em cena os músicos Braulio Vidile (acordeon) e Vico Piovani (baixo acústico), que tocam a trilha sonora ao vivo — o espetáculo tem direção musical de Guga Stroeter e Matias Capovilla.
“Frida y Diego”
Dias 13/8 (sábado), às 19h30 e 21h30, e 14/8 (domingo), às 19h. No Teatro da Unip (913 Sul). Ingressos a R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia, inclusive para doadores de 2 kg de alimentos). À venda na Koni (206 Sul, 101 do Sudoeste) e na Academia Premiere Fitness (503 Sul), nos postos e no site da Bilheteria Digital. Não recomendado para menores de 14 anos.