Cia de Comédia G7 comemora 20 anos de riso pelos palcos de Brasília
Formada pelo trio Frederico Braga, Rodolfo Cordón e Felipe Gracindo, os atores celebram o aniversário nos dias 28 e 29 de agosto, às 19h
atualizado
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Um dos grupos teatrais mais antigos da capital federal, a Cia de Comédia G7 completa 20 anos de existência neste mês de agosto. O trio, formado por Frederico Braga, Rodolfo Cordón e Felipe Gracindo, decidiu celebrar a data com uma passeio musical pela trajetória marcada por peças de sucesso como Como Passar em Concurso Público, Manual de Sobrevivência ao Casamento e Minha Casa Minha Dívida, entre outras.
“Vai ser um espetáculo musical como nunca feito antes na história de Brasília. Decidimos pegar esse momento máximo de cada peça, que são os momentos das músicas, e transformar num grande show. Chamamos o maestro Paulo Santos, que já trabalhou com a gente em muitos outros projetos e ele convidou os músicos e montou uma banda incrível. Estamos ensaiando e nos preparando para entregar o melhor”, afirma Rodolfo Cordón.
O Show de 20 Anos do G7 acontece nos próximos dias 28 e 29, em sessões às 19h, no Teatro La Salle (906 Sul). No repertório, 20 músicas autorais criadas para peças, CDS, montagens infantis, e até para premiações televisivas como o Rap das Piadas sem Graça, que foi composto para o Prêmio Multishow de Humor 2016, e teve Felipe Gracindo como campeão.
Desafios
Como é comum aos trabalhadores do setor cultural no Brasil, o G7 enfrentou diversos desafios para manter a companhia de pé. Mas, segundo os integrantes, nenhuma batalha foi maior que a pandemia da Covid-19. “Quando os teatros fecharam, nós ficamos sem chão, sem saber o que fazer. A gente tinha uma reserva para nos manter por seis meses, mas esse prazo passou e precisamos pegar um empréstimo”, lembra Frederico Braga.
Para conseguir trabalhar sob as novas condições impostas pelas regras sanitárias, os artistas se reinventaram e usaram a criatividade para encenar as montagens em formatos diferentes dos quais estavam habituados. “Fizemos muitas lives e drive-ins”, diz Felipe Gracindo.
Acostumados a buscar inspiração no próprio cotidiano, os comediantes também usaram o período de isolamento social para criar histórias baseadas na atualidade. Primeiro, apresentaram o Cenas da Quarentena, com esquetes sobre as pessoas dentro de casa. Depois, quando o governo autorizou o auxílio emergencial à população, o grupo lançou o Alívio Emergencial. “Nossos espetáculos falam sobre as nossas vidas e isso traz uma identificação muito grande com o público. Eles são um reflexo da gente”, acredita Gracindo.
De acordo com Cordón, usar o humor para fazer as pessoas refletirem sobre temas importantes e aspectos da própria vida é a missão que o G7 carrega há duas décadas.
“É promover o pensamento crítico de uma maneira leve. É plantar uma semente para você refletir depois. De uma maneira leve e divertida, a gente pode chegar aos lugares mais profundos da nossa alma. Parafraseando Miguel de Cervantes: ‘a comédia é a língua da alma'”, Rodolfo Cordón.
Futuro
Se depender a afinação nos bastidores, a Cia Comédia G7 permanecerá ativa ainda por muitos anos. “Ficar com um grupo de teatro assim, por 20 anos, é bem parecido com um casamento, até porque também não tem sexo”, brinca Frederico Braga. Segundo eles, para evitar as desavenças provocadas por opiniões diferentes, eles colocaram os fãs no papel de juiz final. A gente aprendeu a se ouvir. A gente percebe que não tem caminho certo, que o interessante é a gente testar no palco e deixar a plateia dirigir. O que funciona para a nossa plateia, é o que vai ficar”, considera Braga.
Com a receita do sucesso, o G7 pretende levar ao crivo dos brasilienses A Intimidade é uma Merda. Espetáculo ainda em fase de construção e ensaios, e com previsão de estreia ainda para outubro deste ano. “Também vamos lançar um curso de teatro e temos muitos projetos audiovisuais previstos. Pelo menos mais 10 anos de vida pela frente nós temos”, conclui Cordón.
O Show de 20 Anos do G7 será apresentado seguindo todas as regras sanitárias para evitar o contágio do coronavírus. Nós fomos um dos primeiros grupos do país a voltar aos palcos. Mudamos para um teatro maior, onde recebemos apenas metade da capacidade, para conseguirmos manter o distanciamento exigido, além do uso de máscara obrigatório, e álcool em gel”, garante Gracindo.
Show de 20 anos do G7
Dias 28 e 29 de agosto, às 19h. No Teatro La Salle (906 Sul). Ingressos a partir de R$ 50 (meia-entrada). Não recomendado para menores de 14 anos