Batcaverna da UnB guarda e empresta mais de 150 fantasias e adereços
O Núcleo de Acervo Artístico funciona há 20 anos e conta com objetos que vão de fantasias carnavalescas a pênis de 1 metro feito de pano
atualizado
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Poucos estudantes da Universidade de Brasília (UnB) sabem que uma sala de depósito localizada no subsolo do ICC Sul, prédio conhecido como Minhocão, guarda uma divertida surpresa. Apelidada de Batcaverna, o Núcleo de Acervo Artístico reúne mais de 150 fantasias e adereços que podem ser emprestados à comunidade universitária.
Em funcionamento há 20 anos, a sala possui fantasias carnavalescas, mobiliário colorido, vestidos de todos os tipos (inclusive de noiva), toda sorte de sapatos, tecidos e, até mesmo, um pênis de pano de 1 metro. Além disso, o espaço guarda mais de 200 vídeos e 300 fotos de apresentações artísticas que ocorreram na UnB.
O local recebeu o nome de Batcaverna porque, no início, ficava em uma sala no subsolo que parecia “a casa do Batman” e que servia de depósito para becas de formatura. “Confeccionávamos as roupas para os espetáculos teatrais da UnB e guardávamos lá”, explica Magno Assis, criador do espaço e atual coordenador de Diversidade sexual da Diretoria de Diversidade da universidade.
Magno era estudante de Artes Cênicas quando criou o espaço, em 1996. Em duas décadas, a Batcaverna mudou de sala quatro vezes e, apenas em 2012, ganhou um local definitivo. “O acervo ainda foi complementado por doações feitas pelo diretor de teatro Plínio Mósca e pelas escolas de samba ARUC e Acadêmicos da Asa Norte”, conta.Visitação e empréstimo
Todo o acervo pode ser emprestado a qualquer estudante da UnB. Para isso, basta preencher um formulário indicando o material desejado e atestando o compromisso de devolvê-lo em boas condições. O prazo máximo de empréstimo é de um mês.
No final do semestre há muita procura pelos materiais por conta dos espetáculos produzidos para a conclusão das disciplinas de artes cênicas e visuais
Arthur Romão, estagiário da Batcaverna e estudante de Artes Cênicas
Apesar do cuidado, muitas peças emprestadas se perdem. “Não cobramos multa, mas pedimos para que a pessoa doe algum material para substituir o que foi perdido”, explicou Nina Moyre, estagiária da Batcaverna e estudante de Artes Plásticas.
O espaço também é aberto para visitação. Quem desejar conhecer a Batcaverna deve ir ao DEA, localizado na sala AT 201 do ICC Sul (ao lado das agências eletrônicas da Caixa) e pedir para os estagiários Arthur Romão (pela manhã) e Nina (pela tarde) abrirem a sala e explicarem a história do local. Vale a visita!