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As dores e as delícias da liberdade são discutidas em “60 frames”

A peça, desenvolvida pelo grupo Estupenda, foi criada a partir de relatos dos atores e entrevistas com menores detidos

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Teatro 60 frames por segundo liberdade estupenda
1 de 1 Teatro 60 frames por segundo liberdade estupenda - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Como a liberdade nos atravessa? A partir desta pergunta o grupo teatral Estupenda criou o espetáculo “60 frames por segundo”, formada a partir de relatos pessoais dos atores e entrevistas com menores em restrição de liberdade. A peça entra em cartaz, nesta segunda-feira (13/3), no Teatro Newton Rossi do SESC Ceilândia e passará pela Funarte (Eixo Monumental)

Durante 70 minutos de espetáculo, os atores Alana Ferrigno, Carlos Valença, Luciana Amaral, Roberta Rangel e Kadu Viva discutem os vários significados da liberdade e as sequelas que esse sentimento traz ao indivíduo e à sociedade.

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Reta final
“60 frames” encerra a tríade de ações que compõem o projeto “Troca de Experiências Artísticas e Reinserção” (Tear). O primeiro, lançado em 2013, ofereceu oficinas com técnicas do teatro do oprimido em uma Unidade de Internação de Menores em Planaltina. O segundo foi a criação da peça “Nó na Garganta”, em cartaz nos anos 2014 e 2016, sobre o bullying.

“O projeto nos tocou profundamente. Abordamos temas como solidão, relacionamento, amor, sexo, gênero e envelhecimento”, conta o diretor da peça, Tiago Nery. Para ele, a relação tão próxima com outras realidades durante o Tear tornou o tema “liberdade” ainda mais instigante e intenso – e essa sensação esteve na construção da peça.

Foi um processo de construção teatral muito doloroso para nós. Esbarrávamos em nossas principais feridas e passamos a entender que, de algum modo, a liberdade de um pode ser o cativeiro do outro

Alana Ferrigno, atriz

O espectador, então, encontrará relatos de vida gerais. “É impossível não se identificar com as histórias contadas no palco. São experiências que todos passamos ou que vimos alguém enfrentar ao menos uma vez”, comenta Carlos Valença.

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“O projeto nos tocou profundamente. Abordamos temas como solidão, relacionamento, amor, sexo, gênero e envelhecimento”, diz o diretor da peça, Tiago Nery

 

Em detalhes
Na segunda-feira (13), as apresentações serão destinadas a alunos de seis escolas da Ceilândia. Na terça (14) e na quarta (15), o espetáculo abre as portas ao público geral de maneira gratuita. Ao passar pela Funarte, no sábado (18) e no domingo (19), os espectadores terão que pagar entre R$ 20 e R$ 10 por sessão – sempre às 20h.

“60 frames por segundo”
Terça (14/3) e quarta (15), às 20h, no Teatro Newton Rossi do Sesc Ceilândia (QNN 27, área especial, lote B), sábado (18) e domingo (19), às 20h, na Funarte (Eixo Monumental). Entradas gratuitas no Teatro Newton Rossi e R$ 20 (inteira) na Funarte. Bilheteria abre 2h antes do espetáculo. Duração: 70 minutos. Não indicado para menores de 16 anos

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