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Sodomita: livro discute opressão religiosa a LGBTs com ironia

Sodomita, novo livro de Alexandre Vidal Porto, usa uma linguagem irônica para contar a história real de Luís Delgado

atualizado

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1 de 1 Imagem colorida do livro Sodomita - Foto: Divulgação

Um homem português, no século 17, é acusado pela Igreja do crime de sodomia. É expulso da metrópole com direção à colônia. A história real de Luis Delgado ganha adições de ficção pela escrita de Alexandre Vidal Porto, no romance Sodomita, obra que discute preconceito, perseguição e homofobia com ironia e crítica.

Sob o olhar da ficção, o leitor conhece um Delgado que se reinventa em Salvador. De “sodomita”, ele vira um “respeitável” comerciante, assume um casamento de fachada e se entrega ao prazer com os rapazes da colônia.

“Caiu no meu colo por um acaso essa história. Tava lendo a História da Homossexualidade e me deparei com o caso. Depois, o Luiz Mott me passou outros textos e pensei: ‘Isso dá um livro'”, revela Alexandre Vidal Porto, em entrevista ao Metrópoles.

Foto de um homem de barba e óculos e blusa preta - Metrópoles
Alexandre Vidal Porto: escritor de Sodomita

A escritora Andréa Del Fuego entede que a nova obra de Vidal tem um aspecto bastante atual. “Sodomita não é um livro de época ou um simples romance histórico, porque fala de questões até hoje relevantes — tirania, opressão, desejo, esperança”, pondera.

O próprio autor vê essa contemporaneidade na obra: “A história do Delgado transmite a ideia de como uma minoria pode se tornar alvo de uma maioria”.

“No caso de o Sodomita, tem um aspecto adicional. O livro foi escrito em tempos de bolsonarismo, quando se tinha um sentimento muito prevalente entre as minorias sexuais de opressão quadruplicada, uma atmosfera pesada. A obra vem como uma manifestão de que existimos, uma manifestação da existência”, completa Vidal.

E parte da ironia de O Sodomita está na mistura entre um “falso português arcaico” com a linguagem contemporânea. Em uma istura que Vidal classifica como um “pastiche”.

“Eu queria que o texto tivesse um sabor artificial, falsificado, que desse uma sensação de que você está em outra época, até que se descobre que é uma ironia”, pontua.

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