Quadrinista Mário César relata agressão homofóbica durante a CCXP22
O artista, que é autor da obra Bendita Cura, disse que uma mulher o ofendeu enquanto vendia sua obra na CCXP22
atualizado
Compartilhar notícia
São Paulo (SP) — O cartunista Mário César (foto em destaque) foi vítima de homofobia durante a CCXP22, na última sexta-feira (2/12). O artista, que expõe sua obra Bendita Cura no Artists’ Valley, relatou que uma mulher o confrontou por conta do teor do livro.
Bendita Cura é um livro ilustrado, em três volumes, que narra a trajetória de um personagem que, ao se assumir gay, é vítima de uma tentativa de “cura” para sua sexualidade. Vale lembrar que prática não tem embasamento científico, pois homossexualidade não é uma doença — como determina a Organização Mundial da Saúde (OMS).
“Eu estava aqui no meu estande e ela veio até mim e disse que se sentia ofendida pela capa do quadrinho [que mostra um homem crucificado no símbolo do masculino]. Falou que eu estava esvaziando a crucificação e que estava cometendo cristofobia”, contou Mário, em entrevista ao Metrópoles.
O autor relatou que buscou conversar com a mulher, mas que ela teria se alterado. “Ofereci meu quadrinho de graça, para ela ler. Criticar algo sem ler é preconceito. Mas ela ficou discutindo, até que o pessoal a tirou e ela saiu esbaforida”, completou Mário.
O quadrinista fez questão de pontuar que foi um evento isolado e que a maior parte do público da CCXP abraça a diversidade. Os três volumes de Bendita Cura podem ser comprados on-line.