metropoles.com

Inspirados pelo folclore, brasilienses lançam o HQ Ciça, a Menina Saci

Os quadrinistas Bruno Prosaiko e Lucas Marques propõem debate sobre temas como empoderamento feminino e racismo

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Divulgação
Ciça, a Menina-Saci red
1 de 1 Ciça, a Menina-Saci red - Foto: Divulgação

Feminismo, racismo e incentivo à diversidade podem, e devem, ser assuntos inseridos no imaginário de todas as pessoas desde a infância. Com esse pensamento, os brasilienses Bruno Prosaiko e Lucas Marques criaram a personagem Ciça, a Menina Saci. Inspirada pelo clássico conto folclórico brasileiro, a série contará com oito episódios, disponibilizados virtual e gratuitamente.

É a primeira vez que Bruno e Lucas – fundadores do coletivo Aerolito – produzem uma HQ especialmente para o público infantojuvenil, mas os quadrinistas garantem que as histórias foram criadas de maneira a agradar a todas as idades. “Os adultos com certeza irão ler e ver outras camadas, que talvez passem despercebidas pelas crianças”, afirma Bruno Prosaiko.

Já nos dois primeiros números da revista virtual, a narrativa lúdica unida às coloridas referências modernas dos cartoons conquistou os novos e antigos admiradores das histórias em quadrinhos. A boa recepção é acompanhada de perto pelos criadores que seguem a crescente audiência.

 

Divulgação

Texto leve e direto
Durante o processo, o principal desafio da dupla foi não deixar temas complexos como polarização política e o preconceito pesassem o desenho. Para Bruno, não se deve subestimar a capacidade de entendimento dos pequenos. Ainda assim, é preciso tratar das questões de maneira leve e bem-humorada. “Tentamos não fazer divertimento puro e simples, mas gerar debates e educar os leitores com mensagens no formato alegórico. Sem levantar bandeiras, mas com todas as diversidades representadas”, explica.

A representatividade foi um dos motivos de os quadrinistas escolherem transformar o Saci em uma heroína. Em entrevista ao Metrópoles, Bruno ressalta a importância de as meninas se identificarem com figuras fortes, mais humanas e com falhas. Saindo, assim, do saturado esteriótipo das princesinhas.

Sem a presunção de dispor do entendimento de questões das minorias – das quais eles não fazem parte – os autores tiveram a ideia de convidar Suzane Jardim, para avaliar o material antes de a publicação. Mulher, negra e youtuber do canal TimeLaje, Suzane fez ponderações que resultaram na alteração completa de algumas peças e histórias. “O Saci sempre foi rodeado de estigmas racistas e tivemos o cuidado para não reproduzir nenhum tipo de discriminação”, considera Bruno e completa. “A participação da Suzane foi crucial e estarmos abertos a todos os apontamentos dela também era essencial”, conclui.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comEntretenimento

Você quer ficar por dentro das notícias de entretenimento mais importantes e receber notificações em tempo real?