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“Porta dos Fundos” do DF: grupo Quadradim leva humor brasiliense ao YouTube

As gírias, a gastronomia e outros detalhes curiosos de Brasília: tudo vira piada nas mentes criativas por trás dos vídeos do Quadradim

atualizado

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Quadradim
1 de 1 Quadradim - Foto: Divulgação

Romper com a visão estereotipada que muitas pessoas têm sobre a capital federal. Esse era o desejo de Amilton Coelho e Wesley Santos ao criarem o grupo Quadradim. Com esquetes bem-humorados sobre a rotina dos brasilienses, os publicitários oferecem, semanalmente, boa dose do alívio cômico tão necessário em tempos de pandemia de Covid-19, doença causada pelo coronavírus.

Nascidos no quadrado, Amilton e Wesley se sentiam pouco representados pela imagem fria e concreta que, por vezes, a cidade passa aos visitantes ou a quem só a conhece pelos noticiários políticos. “A cultura, a culinária, a moda, os trejeitos… Nesse sentido, vimos que Brasília tem características só dela. Temos sotaque esquisito, quebradas que só quem é daqui conhece, temos as nossas manias e excentricidades. E foi isso que a gente quis colocar, as coisas que a gente que é daqui ama, admira, zoa, curte, compartilha e aplaude”, explica Amilton.

Os primeiros vídeos do projeto foram exibidos nos intervalos da Globo DF, em comemoração ao aniversário de 60 de Brasília, e, rapidamente, caíram no gosto popular. “O Quadradim foi pensado para ser digital, mas no meio do processo apareceu a oportunidade de começar com ele na TV, o que nos impulsionou para um público maior”, contou um dos idealizadores. A chegada ao YouTube e a estética lembram um dos maiores sucessos da plataforma, o grupo Porta dos Fundos, que possuem 16,5 milhões de seguidores.

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As esquetes brincam com o jeitinho brasiliense de ser
A paixão do brasiliense pelos concursos públicos também é motivo de piada
Assim como as largas avenidas e as famosas tesourinhas
Grupo faz esquetes de humor com identidade cultural brasiliense
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Bastidores das gravações do Quadradim 60

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As esquetes brincam com o jeitinho brasiliense de ser

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A paixão do brasiliense pelos concursos públicos também é motivo de piada

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Assim como as largas avenidas e as famosas tesourinhas

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Grupo faz esquetes de humor com identidade cultural brasiliense

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identificação com o público

A receptividade dos brasilienses não poderia ser melhor. “É aquela coisa, finalmente alguém está mostrando Brasília para além da política, da Esplanada”, considera Amilton. Segundo ele, as pessoas adoram se sentir representadas e ouvir termos tão próprios do seu vocabulário como Tailândia e Ceilondres, entre outros. “Todo mundo comenta: ‘É isso mesmo, é bem assim’. A gente se diverte e eles também”, completa o publicitário.

Para Amilton, Brasília tem uma identidade cultural sólida e é uma fonte inesgotável de atrações que merecem ser reconhecidas pela população e pelos turistas. “Nos incomodava as pessoas falarem de Brasília com aquele olhar de fora: a Esplanada, a arquitetura… tudo cinza, tudo cimento e mármore. Queríamos a vida jovem e divertida que víamos nas ruas, nas festas, nas quadras, nos parques, nas quebradas. Não é só exaltar, é retratar mesmo”.

Entre os vídeos mais acessados do grupo está o que brinca com o famoso óleo milagroso, cura tudo, vendido sempre nas proximidades do Conjunto Nacional. Mas temas como os visitantes que se perdem nas tesourinhas também estão entre os queridinhos dos seguidores da página.

“O brasiliense e o DF têm de tudo e para todos. Desde as gírias como ‘véi, de rocha, boto fé, cabuloso’, passando pelo nosso peculiar trânsito, nossos endereços em coordenadas cartesianas que para a gente é bem lógico, mas para os turistas é grego; passando pelas comidas típicas que é uma pizza, um pastel. Até a coisa de todo mundo conhecer todo mundo. Não nos falta assunto para brincar”, afirma Amilton.

Dê olho no futuro

A crise na indústria cultural, provocada pela pandemia do coronavírus, não afetou os trabalhos do grupo Quadradim. “Por sorte, tínhamos um bom número de esquetes gravados o que nos tem dado uma tranquilidade nessa época de quarentena”, revelou o publicitário.

Antes de fechar o estúdio, a equipe gravou uma leva grande de esquetes já agendadas para serem publicadas. “Estamos nos programando para gravar outra leva, mas com todos os cuidados que a OMS e o GDF recomendam. E estamos fazendo também coisas que resolvemos remotamente: estamos fazendo lives quase diárias no instagram com os atores do Quadradim”.

Para a pós-pandemia, os artistas já têm em mente uma série de esquetes que pretendem fazer. “Antes de fechar tudo gravamos um leva grande de esquetes e estamos nos programando para gravar outras, mas com todos os cuidados que a OMS e o GDF recomendam. E estamos fazendo também coisas que resolvemos remotamente, como lives diárias no Instagram”, concluiu.

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