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Por que músicas antigas bombam na pandemia? Ciência explica a nostalgia

De filmes clássicos a hits das décadas de 1970 e 1980. O isolamento social tem feito as pessoas voltarem os olhares para o passado

atualizado

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Nostalgia_Pandemia
1 de 1 Nostalgia_Pandemia - Foto: Arte/Metrópoles

Ainda que a crise econômica, derivada da pandemia do coronavírus, tenha afetado diversos setores da indústria cultural, as plataformas de streaming tiveram crescimento expressivo desde o início do combate à Covid-19. Mas o aumento no número de usuários não é o único reflexo da questão sanitária nesse tipo de serviço. Pesquisa recente do Spotify mostra que o consumo de música mudou e um sentimento nostálgico tem tomado conta das pessoas mundo afora.

Até o início de maio, já era 54% maior o interesse dos amantes de música por clássicos “antigos”, como Girls Just Want to Have Fun (1983), de Cindy Lauper. O hit oitentista registrou mais de 2 milhões de plays em apenas uma semana. Composições brasileiras como Tempo Perdido (1986), da Legião Urbana, Apenas Mais Uma de Amor (1992), de Lulu Santos, e Se? (1992), de Djavan, também estão entre as mais ouvidas.

Para Hartmut Gunther, professor da Universidade de Brasília (UnB) e doutor em psicologia social, a nostalgia é um dos sentimentos que se evidenciam em situações de incertezas. “Quando não temos clareza sobre o que esperar no futuro, pensar no passado vira uma opção tranquilizadora”, considera.

 

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Salgadinho
Simone com a irmã Simaria
A dupla Matheus e Kauan foi contratada para tocar em um aniversário em SP
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Simone com a irmã Simaria

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A dupla Matheus e Kauan foi contratada para tocar em um aniversário em SP

Divulgação
Revisitando sucessos nas lives

O novo mercado das lives também se tornou um ambiente propício para os internautas revisitarem antigos sucessos e relembrar o passado. Independentemente do gênero, artistas recebem milhares de pedidos de música no melhor estilo “toca Raul!”. As forrozeiras e juradas do The Voice Kids Simone e Simaria estão sentindo isso na pele.

Mesmo com repertório recém-saído do forno, fruto da gravação do DVD Bar das Coleguinhas 2, os fãs da cantora fazem questão do momento “recordar é viver” nos shows on-line. “Acho que esse momento de isolamento tem trazido um sentimento nostálgico nas pessoas. E montar um repertorio é sempre muito difícil, tem muita musica boa que queremos cantar”, pondera Simone.

Segundo ela, a falta do público presente para ser o termômetro da apresentação, acaba deixando as artistas mais ansiosas para saber “se estão acertando ou não”.

Recentemente, a dupla Matheus & Kauan realizou a terceira live-show. E, mesmo lançando álbum inédito, o DVD 10 Anos Na Praia, os sertanejos também precisam lidar com as sugestões da plateia virtual.

“Em todas as nossas lives as pessoas pedem muito os nossos primeiros sucessos. E não são só por serem antigos, mas percebo que as músicas românticas são mais requisitadas. As pessoas não querem ouvir sobre balada e bebedeira, que são coisas que não estão vivenciando durante a pandemia”, avalia Kauan, da dupla com Matheus. O sertanejo conta, ainda, que atualmente uma das músicas mais pedidas da dupla é Que Sorte A Nossa, de 2013.

Estrelas da Era de Ouro do Pagode, nos anos de 1990, também estão voltando à mídia. É o caso do grupo Raça Negra e dos cantores Belo e Salgadinho, que se retornaram ao topo das paradas neste momento de isolamento social.

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Eliza (Marina Ruy Barbosa) e  Jonatas ( Felipe Simas) em Totalmente Demais
Eliane Giardini e Sérgio Guizé em Êta Mundo Bom
As Five: Lica ( Manoela Aliperti ), Tina ( Ana Hikari ), Keyla ( Gabriela Medvedovski ), BenÊ ( Daphne Bozaski ) e Ellen ( Heslaine Vieira )
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Caio Castro, Sophie Charlotte e Malvino Salvador eram os filhos de Lilia Cabral na novela das 21h

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Eliza (Marina Ruy Barbosa) e Jonatas ( Felipe Simas) em Totalmente Demais

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Eliane Giardini e Sérgio Guizé em Êta Mundo Bom

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As Five: Lica ( Manoela Aliperti ), Tina ( Ana Hikari ), Keyla ( Gabriela Medvedovski ), BenÊ ( Daphne Bozaski ) e Ellen ( Heslaine Vieira )

Globo/João Cotta
Vale a pena ver de novo?

Com o adiamento das gravações, a TV Globo passou a reprisar versões editadas de novelas. O que os diretores de conteúdo da emissora carioca não esperavam é que a superdose de Vale a Pena Ver de Novo rendesse tão bem com os brasileiros em quarentena.

No horário nobre, Fina Estampa, exibida originalmente entre 2011 e 2012, dá o tom dessa quarentena. Na última quarta-feira (27/05), a trama de Aguinaldo Silva chegou a 34,2 pontos. O folhetim foi seguido por Totalmente Demais. Escrita por Rosane Svartman e Paulo Halm, a história com Marina Ruy Barbosa no elenco bateu um novo recorde, registrou 32,2 pontos e foi mais vista que o Jornal Nacional, que marcou 31,6 de média.

Em abril, Fina Estampa bateu com o oitavo capítulo, exibido em abril, a melhor audiência para o horário desde Em Família, em 2014. Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, Aguinaldo Silva defendeu Fina Estampa e explicou que, apesar de apontarem a novela como datada, ela ainda é uma história envolvente.

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