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Teatro Nacional fechado afasta grandes espetáculos de Brasília

Produtores culturais e artistas sentem a falta do espaço que abrigava eventos locais, nacionais e estrangeiros

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Teatro Nacional Claudio Santoro
1 de 1 Teatro Nacional Claudio Santoro - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O fechamento do Teatro Nacional Claudio Santoro, que completa três anos de portas fechadas e descaso, teve impactos graves na cena cultural do Distrito Federal. Sem seu principal espaço, a capital viu rarear grandes eventos em, pelo menos, três áreas: música, dança e teatro.

Produtor cultural experimentado na cidade, Sergio Bacelar explica que o Teatro Nacional era o melhor espaço do DF. O local combinava preço acessível, estrutura e acessibilidade (estacionamento e proximidade com a Rodoviária do Plano Piloto). “A gente percebe que com menos opções de salas de qualidade, que contenham fosso, por exemplo, muitas das programações nacionais de médio e de grande porte deixaram de vir a Brasília”.

As outras salas que tentam preencher o vazio do complexo cultural desenhado por Oscar Niemeyer, como o Centro de Convenções Ulysses Guimarães, custam mais caro aos produtores. O valor, repassado à população, aumenta o preço dos ingressos, afastando o público.

A produtora cultural Milca Luna, por exemplo, analisa que o perfil dos espetáculos teve que mudar. “Para utilizarmos outras salas, precisamos gastar muito com o aluguel de equipamentos. Não é à toa que vemos muitas peças de stand up comedy. É mais simples, não precisa de tanto investimento”, opina.

Artistas sem casa
Atores, músicos e dançarinos formados em Brasília também sofrem o impacto do fechamento do teatro. A Orquestra Sinfônica Teatro Nacional Claudio Santoro (OSTNC), por exemplo, ficou desalojada após o encerramento das atividades no espaço.

Divulgação/OSTNCS
Orquestra Sinfônica ficou sem lugar para se apresentar

 

A OSTNC passou a se apresentar no Teatro Pedro Calmon (Setor Militar Urbano), na Igreja Dom Bosco (Asa Sul), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães (Eixo Monumental) e, por fim, no Cine Brasília (Asa Sul) – que passou por uma intensa reforma em 2016 para abrigar todo o grupo. “Estresse é a palavra que denominou nosso dia a dia”, desabafou uma das integrantes da Orquestra, que preferiu não se identificar.

De acordo com a musicista, as mudanças constantes provocaram desgastes que contribuíram para brigas internas e piora na qualidade musical. “A produção local tinha a Martins Penna como uma das suas principais salas de utilização”, conclui Bacelar.

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