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Petrobras deixa de patrocinar Festival de Brasília e Clube do Choro

Segundo reportagem da rádio CBN, vários eventos e instituições não receberão apoio da estatal em 2019

atualizado

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Filipe Cardoso/Especial para o Metrópoles
festival de braislia filipe cardoso
1 de 1 festival de braislia filipe cardoso - Foto: Filipe Cardoso/Especial para o Metrópoles

O Festival de Brasília, mais antigo evento de cinema do Brasil, e o Clube do Choro, tradicional espaço dedicado ao ritmo musical, deixarão de ter patrocínio da Petrobras em 2019. Segundo reportagem da CBN, várias outras iniciativas e instituições perderão apoio da estatal neste ano, como a Mostra de Cinema de São Paulo, o Festival do Rio, o Teatro Poeira (RJ), o Festival de Teatro de Curitiba, o Anima Mundi, o Prêmio da Música Brasileira e a Sessão Vitrine, projeto que distribuía filmes independentes brasileiros nas salas de cinema do país.

A lista completa dos eventos e instituições afetadas foi enviada aos deputados federais Áurea Carolina e Ivan Valente, ambos do PSol pela Petrobras, e acessada pela reportagem da rádio CBN.

Segundo a emissora, a Petrobras foi a principal patrocinadora do Festival de Brasília nas últimas 11 edições. Ano passado, o evento recebeu R$ 600 mil. Vale lembrar que, desde 2017, os prêmios de júri popular levam o nome da estatal, fornecendo quantias em milhares de reais para ajudar no lançamento dos filmes favoritos do público.

Os cortes fazem parte de uma revisão de todos os programas de patrocínio da estatal, sob nova diretoria após a troca de governo. O próprio presidente Jair Bolsonaro já havia anunciado essa medida em fevereiro. A mudança também deve afetar a área do Esporte.

Repercussão
Por meio de nota, a Secretaria de Cultura afirmou receber a informação com “apreensão”. “A pasta informa que o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, um dos principais do país, será realizado de 13 a 22 de setembro. Desde o início do ano, buscamos ferramentas para aprimorar e dar mais sustentabilidade a equipamentos e eventos, como é o caso do Festival. A ideia é torná-lo um programa contínuo de formação de produtores audiovisuais, fortalecendo e profissionalizando o setor. O órgão dispõe de orçamento de R$ 2,4 milhões já destinados para a execução do evento e articula outras fontes de financiamento”, informa.

Por meio de sua assessoria de imprensa, o Anima Mundi também divulgou nota sobre o corte de verbas da Petrobras:

“O Anima Mundi tem enfrentado um cenário adverso de captação desde 2015 e nesses anos todos sempre procurou adaptar-se às contingencias mantendo a qualidade e a democratização do acesso à sua programação, boa parte dela gratuita. Nesse novo cenário estamos buscando novas alternativas para viabilizar o Festival e outras ações realizadas. É um cenário desafiador como nunca enfrentamos antes e que pode, inclusive, inviabilizar nossas operações. Todavia estamos trabalhando com máxima dedicação para responder à altura dos desafios impostos, como fazemos desde 1993.”

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