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Indústria da música amarga prejuízos com 2ª suspensão do Carnaval

Segundo o ECAD, prejuízo será de 60% na arrecadação de direitos autorais, comparado a 2020

atualizado

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Jacqueline Lisboa/Especial Metrópoles
Carnaval Bloco Galinho de Brasília passando pelo Eixo Monumental
1 de 1 Carnaval Bloco Galinho de Brasília passando pelo Eixo Monumental - Foto: Jacqueline Lisboa/Especial Metrópoles

A suspensão do Carnaval pelo segundo ano seguido, em virtude da pandemia de Covid-19, traz impacto para diversos setores da economia como o turismo, o comércio e, claro, a cultura. A indústria da música, por exemplo, deve amargar um prejuízo financeiro ainda maior que em 2021, quando as festividades foram canceladas pela primeira vez.

De acordo com o relatório Brasil que Ouve, divulgado pelo Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), a expectativa é arrecadar R$ 6 milhões no período do Carnaval, o que representa uma queda de 62% no valor arrecadado em 2020 – último ano no qual a folia tomou conta do país.

Até o final do mês de janeiro, foram arrecadados 41% dos R$ 6 milhões esperados, que, de acordo com a área responsável, são referentes a eventos já licenciados e pagos previamente, acordos de pagamentos antigos, entre outros tipos de pagamento.

“Em 2022, a folia ainda não voltará a todo vapor no Brasil. Diversas capitais já anunciaram o cancelamento de shows e eventos, o que vai impactar a arrecadação e distribuição de direitos autorais de música. A instabilidade do cenário pode levar a uma arrecadação ainda menor que a prevista no início do ano”, comentou Isabel Amorim, superintendente executiva do Ecad.

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Carnaval de rua em São Paulo
Bloco Minhoqueens, no Carnaval de São Paulo, em 2020
Segundo ECAD, quem vive de música sentirá os impactos do cancelamento do Carnaval
Prejuízo na arrecadação de direitos autorais será superior a 60% comparado a 2020
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Folia está cancelada em várias cidades brasileiras

Lavínia Viana/Prefeitura de Ouro Preto/Divulgação
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Carnaval de rua em São Paulo

Rovena Rosa/Agência Brasil
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Bloco Minhoqueens, no Carnaval de São Paulo, em 2020

JENNIFER ANIELLE/SECOM
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Segundo ECAD, quem vive de música sentirá os impactos do cancelamento do Carnaval

Fernando Maia / Riotur
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Prejuízo na arrecadação de direitos autorais será superior a 60% comparado a 2020

Diorgenes Pandini, DC

A queda na quantidade de eventos e shows previstos para o Carnaval também é grande. Até a primeira semana deste mês de fevereiro, 94 shows e eventos de carnaval estavam cadastrados no Ecad, com previsão de realização neste período. Em comparação ao ano de 2020, quando os eventos estavam liberados, a queda é de 98%.

O maior impacto é na renda de compositores, intérpretes e músicos, que além de enfrentarem o segundo ano sem Carnaval, já sofrem com as limitações do setor, a cada nova onda da pandemia. De acordo com o Ecad, a previsão é de que a queda seja de pelo menos 50% na distribuição de direitos autorais na folia, em comparação aos valores do ano passado.

Carnaval do DF

Essa semana, o governador Ibaneis Rocha (MDB) descartou qualquer flexibilização dos protocolos sanitários contra Covid-19 no Carnaval, mesmo após a queda na taxa de transmissão a 0,98 – registrada na sexta-feira (18/2). Além disso, o chefe do Executivo local planeja intensificar a fiscalização contra festas clandestinas durante o feriado prolongado.

Ibaneis considera que o número de mortos e a pressão na rede pública de saúde para o tratamento de pacientes continuam elevadas. “Ainda é muito cedo para a gente tratar disso. Estamos com um número muito alto de internações, em que pese a taxa (de transmissão) esteja reduzindo e se mantendo”, comentou.

Ainda não há planos para um Carnaval fora de época no DF, apoiado pelo Governo Distrital, de modo que a folia deve ficar mesmo para 2023. A previsão é que escolas de samba e blocos tradicionais de rua recebam R$ 3,9 milhões para se reestruturarem. O incentivo foi anunciado por meio de edital no Diário Oficial, publicado em outubro de 2021.

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