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GDF cria grupo executivo para reforma do Teatro Nacional

O principal espaço cultural da cidade está fechado há cinco anos

atualizado

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1 de 1 area externa 1 - Foto: Julia Bandeira/Especial para o Metrópoles

O Governo do Distrito Federal (GDF) instalou um grupo executivo para elaboração de estudos e proposição de instrumento voltado ao restauro do Teatro Nacional Claudio Santoro. O decreto, assinado pelo governador, Ibaneis Rocha, foi publicado no Diário Oficial do DF nesta quarta-feira (09/10/2019).

Segundo o Decreto Nº 40.156, o grupo executivo será composto por dois representantes dos seguintes órgãos: Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (Secec), Secretaria de Estado de Economia (SEE), Secretaria de Estado de Obras e Infraestrutura (SODF) e da Companhia Urbana da Nova Capital do Brasil (Novacap).

O documento ainda abre espaço para o grupo executivo convidar representantes de outros órgãos governamentais, não governamentais e especialistas para participar dos trabalhos.

O artigo 5º do decreto determina que o grupo tem 90 dias para concluir suas atividades – o prazo pode ser prorrogado por igual período.

Cenário de horror

Fechado há cinco anos, o Teatro Nacional Claudio Santoro se assemelha a um cenário de horror. Tem como cartão de visitas rampas quebradas, mofo, vigas rachadas, infiltrações, cheiro forte de urina e fezes humanas ao longo da área externa. O total descaso com o prédio concebido pelo arquiteto Oscar Niemeyer, com projeto estrutural do engenheiro Joaquim Cardozo, é percebido de longe: há usuários de drogas ao redor e quem passa à noite pelas calçadas teme pela própria segurança.

Nem o foyer da Sala Villa-Lobos, reaberto em janeiro de 2018, escapa dos problemas. Parte do teto de gesso cedeu, os banheiros estão mofados, tomadas têm fios soltos, a iluminação é ruim, há infiltrações e paredes rachadas. A previsão inicial do governo anterior era de que seriam necessários R$ 220 milhões para a reforma e restauro completo.

Auditoria do Tribunal de Contas do DF (TCDF) realizada em junho de 2018 e publicada em primeira mão pelo Metrópoles aponta a necessidade de reforma imediata. Durante a vistoria, os auditores relataram ter encontrado “graves falhas no sistema de manutenção, necessitando de reparos urgentes”.

Segundo a Corte, “as portas de acesso à Sala Martins Penna e ao Espaço Dercy Gonçalves estavam quebradas; as vigas estruturais apresentavam rachaduras; havia sinais de infiltração no telhado e nas paredes externas, além de mofo no carpete da Sala Villa-Lobos; os elevadores estavam fora de serviço; e o sistema de ar-condicionado causava insalubridade (soltando lã de vidro)”.

Além disso, os cubos decorativos das paredes externas não tinham a devida impermeabilização, apesar de terem sido recentemente trocados. Constatou-se ainda a precariedade do espaço reservado para o restaurante, no topo do edifício, e dos camarins, que estão em péssimo estado de conservação.

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