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Feliciano “inspeciona” exposição após denúncia de apologia à pedofilia

O deputado esteve no Museu Nacional de Brasília para averiguar a mostra “Não Matarás”. No entanto, as acusações não se confirmaram

atualizado

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1 de 1 WhatsApp Image 2017-09-13 at 8.54.31 PM - Foto: Daniel Ferreria/Metrópoles

O deputado Marco Feliciano (PSC-SP) esteve, nesta quarta-feira (13/9), no Museu Nacional Honestino Guimarães para, segundo o parlamentar, apurar denúncias de que o local abrigava exposição “com conteúdo semelhante a do Santander Cultural”.

Ao Metrópoles, o próprio parlamentar e o diretor do museu, Wagner Barja, confirmaram a visita. Feliciano contou que a ida ao local foi realizada após ele e outros parlamentares receberem denúncia sobre o conteúdo da exposição “Não Matarás”.

Estivemos no Museu Nacional. Fomos averiguar uma denúncia de que a exposição era semelhante a do Santander. Não fizemos nada além de observar e confirmar que a informação era falsa. Não havia apologia a crime nenhum

Marco Feliciano

Wagner Barja relatou que a visita ocorreu perto da hora do almoço. Feliciano e outros parlamentares foram recebidos por um mediador do museu e perguntaram se havia peças com conteúdo sexual na exposição. Ao receberem a negativa, o grupo teria ido embora. Eles ainda ouviram explicações sobre as obras em cartaz.

Não fecharia a exposição jamais. A arte é maior que a política dentro do museu

Wagner Barja

De acordo com Feliciano, as denúncias foram feitas por membros do grupo de oração do qual o pastor faz parte. As reuniões ocorrem sempre às quartas-feiras pela manhã.

Conteúdo político
Nas redes sociais, circulou a informação de que os deputados teriam pedido o fechamento da exposição por conta do conteúdo político. Feliciano, porém, negou a informação. “Pura fofoca. Notícias fakes”, alegou o parlamentar.

A exposição “Não Matarás – Em Tempos de Crise é Preciso Estar com os Artistas” traz obras críticas ao período da ditadura militar no Brasil. Wagner Barja, curador da mostra, convidou 42 artistas brasileiros que têm peças sobre o tema. Entre eles, estão Paul Setúbal e Christus Nóbrega.

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Obra de Carlos Lin presente na exposição
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Obra de Carlos Lin presente na exposição

Reprodução

Santander cultural
A mostra “Queermuseu”, que ocupava o Santander Cultural em Porto Alegre, foi cancelada por causa da insatisfação de algumas pessoas que acusavam a exposição de incentivar à pedofilia, à zoofilia e blasfemar símbolos religiosos. O Movimento Brasil Livre (MBL) articulou os principais protestos contra a manifestação artística.

De acordo com o Santander Cultural, a exposição havia sido montada “para nos fazer refletir sobre os desafios que devemos enfrentar em relação a questões de gênero, diversidade, violência”. Porém, a instituição cedeu aos apelos dos grupos contrários à mostra. Em uma nota publicada nesse domingo (10), a instituição disse “que algumas das obras desrespeitavam símbolos, crenças e pessoas”.

Confira algumas das obras apresentadas na exposição do Santander:

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"Cruzando Jesus Cristo com Deusa Schiva" (1994), de Fernando Baril
"La Femme 4" (2011), de Silvia Giordani
“Busto de Jovem” (1889), de Pedro Américo
"Cristo Nosso de Cada Dia" (1978), de Roberto Cidade
"Last Resort" (2016), de Felipe Scandelari
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"Cena de Interior II" (1994), de Adriana Varejão

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"Cruzando Jesus Cristo com Deusa Schiva" (1994), de Fernando Baril

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"La Femme 4" (2011), de Silvia Giordani

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“Busto de Jovem” (1889), de Pedro Américo

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"Cristo Nosso de Cada Dia" (1978), de Roberto Cidade

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"Last Resort" (2016), de Felipe Scandelari

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"Sem Nome" (2001), de Marcos Chaves

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“Imigrante Lituano” (1930), de Paulo Osir

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"The Dynamics of Change" (2011), de Odires Mlászho

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"Is a Feeling" (2013), de Cibelle Cavalli Bastos

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"Sem Título" (1910), de Angelina Agostini

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“Ataque Automático” (1985), de Milton Kurtz

Reprodução
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"Travesti da Lambada e Deusa das Águas" (2013), de Bia Leite

Reprodução
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"Truque I" (1980), de Eduardo Cruz

Reprodução
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"Libélulis Corpus" (2014), de Rodolpho Parigi

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"Cabeça Coletiva" (1975), de Lygia Clark

Reprodução
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"São Sebastião" (s.d.), de Alfredo Volpi

Reprodução
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"Sem Título" (2011), de Otto Sulzbach

Reprodução
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"Trasque Traque" (1991), de Eugênia Rolim

Reprodução
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“Reconhecimento” (2008), de Sandro Ka

Reprodução
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“Oxumaré” (1980), de Nelson Boeira Faedrich

Reprodução
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Salão da mostra "Queermuseu"

Marcelo Liotti Junior/Divulgação
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"Halterofilista" (1989), de Fernando Baril

Divulgação
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Sem título (2009), de Nino Cais

Divulgação

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