Brooklyn é impedido pela Justiça de usar área externa na Asa Norte
Determinação em caráter liminar proíbe o café-bar de colocar mesas e cadeiras ao ar livre
atualizado
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O Brooklyn Bsb, espaço que funciona como loja, café e bar na 706 Norte, foi impedido de colocar mesas e cadeiras na área externa do empreendimento. A determinação foi feita pela Justiça do Distrito Federal, em caráter liminar, após o pedido de uma vizinha, que também administra um espaço cultural nas proximidades e estaria incomodada com o barulho e a movimentação.
Ao Metrópoles, o DJ e empresário Chicco Aquino afirmou que a decisão dificulta ainda mais a situação dos espaços culturais meio à pandemia de Covid-19. “As pessoas se sentem mais seguras do lado de fora. Conseguimos nos manter nessa crise justamente por causa dessa característica do Brooklyn”, afirmou.
Ele e os outros sócios já entraram com recurso para reverter a decisão.
“Continuaremos firmes e focados no compromisso de proporcionar cultura à nossa cidade. O Brooklyn Store Cafe Bar faz parte de uma Brasília viva, que pulsa e que faz história”, disse Aquino.
Mobilização nas redes sociais
Além das vias legais, o espaço também recorreu aos frequentadores para se manifestarem sobre a relevância do espaço para a comunidade. Para isso, está pedindo aos seguidores que utilizem a hashtag #VoltaBrooklyn em suas publicações.
Em nota divulgada nas redes sociais, o empreendimento informou que as apresentações serão mantidas na área interna.
“Hoje, infelizmente, o Brooklyn está impedido de levar música, cultura e entretenimento ao ar livre para a nossa cidade e comunidade. O local que cuidamos com afinco e apelidamos carinhosamente de ‘praça mais charmosa da asa norte está silenciado’ e sem vida. Ser impedido de usar a área externa devido a uma ação movida por um estabelecimento comercial, que também carrega no nome a palavra cultura, é duro. Músicos, cantores e artistas estão proibidos de compartilharem suas artes no local onde a nossa comunidade, diariamente, os recebe com tanto entusiasmo”, diz um trecho.
“Proporcionar cultura ao ar livre, de forma responsável e profissional, é um alento à nossa comunidade, nesse momento tão difícil. Sem música, sem cultura e sem espaço ao ar livre, nossa comunidade perde, nossos colaboradores perdem, a economia criativa perde e a cadeia produtiva local e comercial também perde”, conclui o texto.