Pocah, sobre agressões de ex: “Quase fiquei cega do olho esquerdo”

Rio de Janeiro – Cercada pelos homens que apresentam o programa Papo de Segunda, do canal GNT, a cantora Pocah revelou que já foi vítima de violência doméstica e sofreu abusos em seu primeiro relacionamento. Emocionada, a funkeira chorou relembrando as agressões, praticadas pelo ex-namorado quando estava grávida de sua filha, hoje com 5 anos. Agradecendo a oportunidade de falar sobre o assunto, Pocah disse que as agressões eram físicas, verbais e psicológicas.

“Esse relacionamento era completamente conturbado, era infernal pra mim e pra quem estivesse ao meu redor. Era terrível, e eu via o quanto era tóxico”, frisou Pocah, ao recordar um namoro iniciado em sua juventude, quando ela tinha 16 anos.

A ex-participante do Big Brother Brasil 21” não conteve as lágrimas e contou ainda que, durante esta relação, o ex-namorado usava Deus como justificativa para que ela não o abandonasse e mantivesse a união, mesmo que abusivo.

“Essa pessoa usava a minha fé. O meu agressor vinha, me traía, eu descobria, queria ir embora, arrumava minhas coisas… E eu desligava o telefone e tentava, de todas as formas, fugir. Ele não aceitava o término e me agredia. Eu quase fiquei cega do olho esquerdo. Era pesado. Em diversos momentos, fui agredida, eu queria ir embora, e ele dizia que estava sendo usado pelo Diabo, e que ele não queria fazer aquilo”, lembrou Pocah.

“Ele dizia que a gente iria contar isso futuramente como uma vitória. Que nós superaríamos aquilo juntos. E ele dizia que ia mudar.. Só que não muda”, completou.

Pocah, no mesmo relato, contou que o perdoou “uma, duas, três e muito mais vezes” e que a situação só mudou após o nascimento da filha. “Perdoei por medo das ameaças que eu recebia, medo de morrer. Em diversos momentos, achei que fosse morrer. Eu dizia: ‘Hoje ele vai me matar’. Até o momento de minha filha nascer, era briga, chute… Eu fui chutada na escada, fui parar no hospital diversas vezes. Quando minha filha nasceu, eu falei: ‘Tenho que mudar isso de alguma forma’. Ou eu vou morrer. Minha filha depende de mim, e não posso deixá-la na mão desse cara”, recordou a cantora.

Ela detalhou a rotina das agressões: “A sensação que eu tinha é que eu já estava morrendo mesmo. Começou com gritos, abusos da minhas amizades. Ele colocava defeito nas amizades, dizia que eu não tinha que andar junto (de algumas pessoas). E falava que minha roupa estava curta, que era roupa de puta. Começa assim. E você tem que se atentar aos sinais”, concluiu.