Parcerias e migração de assinantes são futuro do streaming, diz estudo
Pesquisa publicado pela Kantar Media Ibope analisa o que será do streaming no Brasil em 2021, com a grande quantidade de plataformas
atualizado
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Com a chegada do Disney+ no Brasil, o mercado de streamings brasileiro ganhou mais um forte concorrente na busca pelo gosto (e bolso) do público. No entanto, com a grande quantidade de serviços disponíveis no país, muitos consumidores passaram a se perguntar: quais plataformas assinar?
Segundo o The Streaming Guide, estudo Kantar IBOPE Media, o número de assinantes desses serviços no Brasil cresceu sete pontos percentuais em um ano: saltando de 29% para 36%, de 2019 para 2020. Se a dificuldade de escolher o que assinar martela a cabeça do consumidor, por outro outro lado, as plataformas também tem encontrado desafios para fidelizar a audiência.
“As opções de entretenimento se tornaram mais indoor e as pessoas passaram a experimentar mais com o digital, com um consumo expressivo de TV on-line, vídeo sob demanda e streaming. A chegada de novos players, como a Pluto TV e a Disney+, aquecem o mercado nacional já em alta com o sucesso da Netflix, Globoplay, Prime Video, entre outros”, comentou Adriana Favaro, Diretora de Negócios da Kantar IBOPE Media no Brasil.
De acordo com a executiva, uma das tendências apontadas é o “assinante-bumerangue”, que entram e saem do mercado de streaming. Outra aposta é o usuário que migra entre os serviços, saindo de um para o outro.
Pegando como exemplo os EUA, o estudo notou um aumento no número de consumidores migrando de plataformas: no quarto trimestre de 2019, essa audiência representava 5%, já no terceiro trimestre deste ano, o número cresceu para 12%. O total de consumidores bumerangue, que entram e saem do mercado de streaming, aumentou de 9%, no quarto trimestre de 2019, para 14%, no terceiro trimestre de 2020.
Para a especialista, essa tendência irá acelerar em 2021 com a consolidação de mais plataformas e um caminho promissor para o sucesso são as parcerias entre os players – como a feita entre Globoplay e Disney +.
“Estabelecer acordos de colaboração e investir em agregadores de conteúdo é uma das formas para reduzir a taxa de cancelamento de assinaturas, garantir fidelidade e ofertar conveniência para o consumidor. Esse movimento deve ser umas das prioridades para que o modelo de negócio de assinatura seja sustentável”, afirmou Adriana.
TV aliada do streaming
Mesmo com o acesso em smartphones, tablets ou computadores, as televisões seguem como principal escolha dos brasileiros para o acesso de conteúdo de vídeo. Em avaliação prévia sobre o consumo de streamings no Brasil, considerando Netflix, Youtube e BVOD (plataformas digitais das emissoras), 58% dos brasileiros acessam a Netflix pela TV, 36% pelo celular e 5% pelo computador.
Já o YouTube é a único das plataformas que tem maior acesso pelo celular, com 66% dos seus acessos, seguido por 18% pelo computador e 16% pela TV. Por fim, as plataformas digitais das emissoras de TV seguem tendência similar da Netflix, 53% pela TV, 33% pelo celular e 13% por meio do computador.