Paramount+ aposta alto em conteúdo para brigar por mercado
Investimento superior a US$ 14 bilhões em conteúdo levou plataforma a ostentar catálogo invejável de produções
atualizado
Compartilhar notícia
Às vésperas de completar 1 ano de lançamento nos Estados Unidos e na América Latina, no dia 4 de março, a Paramount+ segue apostando alto em conteúdo para alcançar suas concorrentes. De acordo com levantamento da Ampere Analysis, a plataforma fechou 2021 investindo mais de US$ 14,7 bilhões. A cifra é menor apenas que o montante da Disney, mas superior ao que injetou a Netflix, WarnerMedia (HBO Max), Amazon e Apple.
Não à toa, o serviço tem apresentado um catálogo cada vez mais almejado pelos fãs de filmes e séries. Entre os destaques estão Star Trek: Discovery, ficção científica mais assistida do streaming de 2021, a quarta temporada de Yellowstone, exibida originalmente no Paramount Network; 1883, produção original mais assistida da história do serviço de streaming (incluindo o período em que se chamava CBS All Access e só estava disponível nos Estados Unidos); e Infinite, primeiro filme original da plataforma, lançado no ano passado.
E vem mais por aí: recentemente, o serviço adquiriu os direitos para exibição da nova temporada de Rupaul’s Drag Race, que estreou na plataforma na terça-feira (22/2). Além disso, se prepara para lançar o longa The First Lady, estrelada por Michelle Pfeiffer, Viola Davis e Gillian Anderson; a série HALO, inspirada no jogo homônimo para Xbox; e os filmes Transformers: O Despertar das Feras; Sonic 2 e outros.
Os planos de crescimento, é claro, incluem o Brasil e sua extensa população. Prova disso, é a estreia da primeira série original brasileira do Paramount+, As Seguidoras. A produção, criada por Manuela Cantuária com produção do Porta dos Fundos, estreia no dia 6 de maço com uma combinação de suspense e humor.
Ainda que o valor da mensalidade cobrada pelo serviço, R$19,90, seja bastante acessível frente à gigante do setor, Netflix, que cobra R$ 25,90, no plano básico, crescer em terras tupiniquins ainda soa ambicioso. De acordo com dados compartilhados pela Just Watch com o Metrópoles, o Paramount + já representa 3% do mercado americano, mas disputa a parcela de 11% dos assinantes brasileiros com várias plataformas menores.
Planos ambiciosos
O streaming da ViacomCBS começou em 2014 como um serviço exclusivo dos EUA, chamado CBS All Access, e só virou a plataforma Paramount+ em março do ano passado, quando começou sua expansão internacional. Trata-se, portanto, de um dos mais novos serviços de streaming baseados em Hollywood.
Lançado em um momento de grande disputa entre outras plataformas, a operações de streaming da Paramount amargou um prejuízo de US$ 1 bilhão no ano passado e projeta uma performance ainda pior para 2022: menos US$ 1,5 bilhão. A empresa já admitiu que as perdas em 2023 devem ser ainda piores, antes de começar a melhorar em 2024, quando a Paramount+ quer chegar a 100 milhões de assinantes.
Para se ter uma ideia da dimensão do desafio, a Netflix demorou 10 anos para chegar à marca atual, de 222 milhões, em uma época em que a concorrência era bem menor.
A ViacomCBS, no entanto, parece esperançosa. Neste mês, a gigante de mídia, dona de canais como MTV, CBS, Nickelodeon e Showtime e casa de franquias como Transformes, Top Gun e Bob Esponja, anunciou que adotará o prestigioso nome de Paramount Global para dar ênfase serviço de streaming.
Quer ficar por dentro do mundo dos famosos e receber as notícias direto no seu Telegram? Entre no canal do Metrópoles: https://t.me/metropolesfamosos