metropoles.com

Olimpíadas de Paris tem recorde de atletas LGBTQIA+

Ao menos 193 esportistas assumidamente gays, lésbicas, bissexuais, transgêneros, queer e não-binários estão jogando em Paris

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução
Imagem colorida de atletas LGBTQIAP+ brasileiros nas Olimpíadas
1 de 1 Imagem colorida de atletas LGBTQIAP+ brasileiros nas Olimpíadas - Foto: Reprodução

Além de ser a primeira Olimpíada com a mesma quantidade de atletas homens e mulheres, os Jogos Olímpicos de Paris também fazem história por terem o maior número de atletas LGBTQIA+ assumidos.

Entre os mais de 10 mil concorrentes das seleções, há, pelo menos, 193 esportistas, de 27 países, assumidamente gays, lésbicas, bissexuais, transgêneros, queer e não-binários, de acordo com a revista Outsports, que é focada em LGBTQIA+ nos esportes.

Nos jogos olímpicos de Tóquio, em 2021, foram contalibizados 186 atletas assumidos. O número das Olimpíadas de Paris é quatro vezes maior que a lista do Rio, em 2016, e oito vezes maior em relação a Londres, em 2012.

O Brasil é o segundo país com maior número de atletas queers assumidos, totalizando 30. O primeiro lugar é dos Estados Unidos, com 32. Já o terceiro é a Austrália, com 22, seguido pela Alemanha, que tem 13 atletas, e Espanha, com 12.

A lista é dominada por atletas mulheres — são nove vezes mais mulheres que homens. Na seleção brasileira, por exemplos, há apenas 3 atletas masculinos assumidos, em comparação com 27 esportistas femininas.

“Os números refletem uma aceitação crescente no mundo dos esportes, especialmente para atletas mulheres, apesar de o total de olímpicos LGBTQIA+ assumidos ainda estar abaixo de 2% do total esperado de cerca de 10.700 participantes”, pontua a pesquisa da Outsports.

Impacto positivo

Um dos primeiros atletas olimpícos a jogar após se assumir como gay, Robert Dover, da Equipe de equitação dos EUA, aponta o impacto positivo da visibilidade queer nos esportes.

“Com orgulho, sou assumido em todos os Jogos desde 1988 em Seul, Coreia. Posso dizer que o impacto que vocês [atletas LGBTQIAP+ assumidos] estão causando em jovens atletas gays, para encontrar a mesma coragem que vocês demonstraram ao serem publicamente autênticos, é imensurável”, disse Dover ao Outsports.

“Minha esperança é que haja um momento em que a aceitação universal das pessoas LGBTQIA+ tornará obsoleta a necessidade de nos anunciarmos como tal. Até esse dia, o orgulho queer continuará sendo celebrado e demonstrado por heróis como vocês. Robert, meu marido há 36 anos, e eu estaremos assistindo e torcendo por todos vocês”, completou.

8 imagens
A família de Tom Daley está acompanhando ele nas Olimpíadas
Tom Daley, o marido Dustin Lance Black e um dos filhos do casal
Dançarino cai em apresentação de Lady Gaga nas Olimpíadas
Ménage à Trois na abertura das Olimpíadas
1 de 8

Marta saiu aos prantos

Alex Gottschalk/DeFodi Images via Getty Images
2 de 8

A família de Tom Daley está acompanhando ele nas Olimpíadas

Reprodução
3 de 8

Tom Daley, o marido Dustin Lance Black e um dos filhos do casal

Reprodução
4 de 8

Dançarino cai em apresentação de Lady Gaga nas Olimpíadas

Reprodução e Getty
5 de 8

Ménage à Trois na abertura das Olimpíadas

6 de 8

Igo Estrela/Metrópoles
7 de 8

Igo Estrela/Metrópoles
8 de 8

Luiz Vassallo/Metrópoles

Atletas LGBTQIA+

Para chegar a estes dados, a equipe do Outsports, junto ao historiador Tony Scupham-Bilton, utilizou fontes jornalísticas, crowdsourcing de leitores e as redes sociais dos atletas. Assim, a lista está em constante atualização.

O grupo pontua que teve cuidado para não “tirar alguém do armário” e só publicar os artistas que são assumidos.

LGBTQIA+fobia

A lista é predominantemente composta por partes do mundo em que ser LGBTQ é legal e culturalmente aceito. Isso inclui países na América do Norte e do Sul, Europa Ocidental e Setentrional, e Austrália e Nova Zelândia.

Na Ásia, há apenas três atletas na lista. Enquanto todo o continente africano tem só quatro, incluindo a boxeadora Cindy Ngamba, que faz parte da Equipe de Refugiados nas Olimpíadas, é nascida em Camarões, onde é crime ser LGBTQIA+, e vive na Grã-Bretanha.

Há apenas um atleta de qualquer país de maioria muçulmana (um jogador de vôlei da Turquia), lugares onde ser assumido e gay é frequentemente ilegal ou perigoso, e nenhum da Rússia, que restringiu os direitos LGBTQ na última década.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comEntretenimento

Você quer ficar por dentro das notícias de entretenimento mais importantes e receber notificações em tempo real?