Olimpíadas de Paris: câmeras devem evitar planos sexistas das atletas
Uma atualização nas diretrizes quer garantir que os operadores de câmer filme atletas femininos e masculinos da mesma maneira
atualizado
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O Olympic Broadcasting Services, órgão do Comitê Olímpico Internacional, responsável por fornecer as imagens dos Jogos Olímpicos, afirmou que não tolerará sexismo e esteriótipos nas transmissões dos jogos deste ano.
A organização atualizou as diretrizes para que os operadores de câmera, a maioria homem, filmem todos os atletas da mesma maneira, com o objetivo de evitar estereótipos e sexismo.
“Infelizmente, em alguns eventos, (as mulheres) ainda estão sendo filmadas de uma maneira que você pode identificar que estereótipos e sexismo permanecem, até mesmo pela maneira como alguns operadores de câmera enquadram os atletas homens e mulheres de forma diferente”, disse o Yiannis Exarchos, CEO da OBS, ao jornal fracês Le Monde.
A medida visa evitar que o “preconceito inconsciente” de operadores de câmera interfira na forma com que os jogos são transmitidos. “As atletas mulheres não estão lá porque são mais atraentes ou sexy ou qualquer coisa do tipo. Elas estão lá porque são atletas de elite”, completou o CEO.
O porta-voz explica que organização das Olimpíadas de Paris tomou uma série de medidas para destacar a presença feminina nos jogos, incluindo um cuidado redobrado na programação das competições.
“Os horários dos eventos esportivos tradicionalmente foram tendenciosos para destacar as categorias masculinas. Geralmente, nos esportes coletivos, você tem primeiro as finais femininas e depois as finais masculinas. Nos esportes de força e combate, tradicionalmente você tem competições femininas pela manhã e competições masculinas à tarde”, afirmou o CEO.