Gilvan Máximo, secretário do GDF, processa dupla Cleber & Cauan
O responsável pela pasta de Ciência e Tecnologia e outros dois empresários movem ação contra os cantores
atualizado
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Conhecida do público brasiliense, a dupla Cleber & Cauan é alvo de um processo no Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO). O motivo é o suposto não cumprimento de um contrato firmado no início da carreira dos cantores. Os requerentes são três empresários brasilienses – Almiranda Davi de Castro, Vanieri Nogueira Filho e Gilvan Máximo, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do DF – que alegam falta de prestação de contas e não pagamento do percentual de 20%, acerca dos lucros obtidos pelos sertanejos, conforme previsto no acordo. A audiência de conciliação está marcada para o próximo dia 15 de julho.
O Metrópoles conversou com uma das autoras da ação, a joalheira Almiranda Davi de Castro, 56 anos, para entender as causas do litígio. Em entrevista, a empresária conta conhecer Charles Rodrigues Máximo, nome verdadeiro de Cauan, desde a infância. “Os pais dele são primos de primeiro grau do meu esposo [Gilvan]. Nós os acolhemos na nossa casa, auxiliamos os estudos dele e do irmão, que se formou médico. Eram nossa família, por isso confiamos”, lembra.
O secretário Gilvan Máximo foi contactado pela reportagem. No entanto, até a última atualização da matéria, ele não respondeu ao questionamento do Metrópoles.
Começo
De acordo com Almiranda, em agosto de 2015, Cauan e o irmão, o médico Fernando Rodrigues Máximo — atual secretário de Saúde do estado de Rondônia — a procuraram para pedir que ela e o marido financiassem a carreira dos sertanejos. “O Fernando é o mentor da dupla, foi ele quem me passou credibilidade para que eu topasse entrar na sociedade”, afirma.
Apesar de resistente à ideia, Almiranda diz ter aceitado o acordo para, mais uma vez, ajudar a família. “Ele sempre foi como um filho para mim”, ressalta. Segundo a empresária, na época, ela investiu cerca de R$ 600 mil em Cleber & Cauan. Além de utilizar da influência pessoal para levá-los a programas de televisão.
Por meio de nota, o escritório Castro & Alarcão informa que, desde 2015, a dupla sertaneja deixou “de prestar contas, na forma exigida por lei, além de não estarem retribuindo o percentual previsto no contrato acerca dos lucros obtidos pela dupla (20%)”.
Veja a nota do escritório:
Nota Imprensa Escritório Castro e Alarcão by Metropoles on Scribd
Sumiço
Segundo a empresaria, a relação com os cantores foi mudando na medida em que a dupla alcançava a fama. “Fomos perdendo o contato. Eles nunca reconheceram tudo o que fizemos por eles, nem nos agradeceram”, relata Almiranda. De acordo com ela, foram inúmeras as tentativas de negociações amigáveis, mas todas às vezes foi recebida com desdém e grosseria. Em mensagens no Whatsapp, anexadas ao processo, o empresário da dupla teria debochado do sistema legal. “Ele me chamou de ‘demônia’. Disse que se quiséssemos receber que procurássemos a justiça, que é lenta e não daria em nada”
“O que mais me magoa é a ingratidão. Só procuramos a reparação financeira, pois não tivemos a reparação moral. Nenhum deles nos procurou depois do sucesso, nem mesmo os pais deles [ de Cauan e Fernando] nos pediram desculpas pelo o que os filhos fizeram conosco. É isso que nos machuca, e é por isso que iremos até as últimas instâncias para ter nossos direitos reconhecidos”, conclui Almiranda Davi de Castro.
Outro lado
Procurada pela reportagem do Metrópoles, a assessoria de imprensa dos cantores Cleber e Cauan informa que a dupla desconhece a existência do processo, já que ainda não foram notificados, e, por esse motivo, não podem comentar o caso.
No último dia 7 de junho, a dupla gravou um DVD, ao vivo, durante a apresentação realizada em Brasília. O show contou com a participação do cantor, Jorge, de Jorge & Mateus. O álbum, ainda sem data de lançamento, será o quarto da trajetória dos artistas.