Netflix sobre João Alberto: “País assassina pessoas negras sistematicamente”
O serviço de streaming usou as redes sociais para protestar contra a morte do homem negro, espancado em Porto Alegre
atualizado
Compartilhar notícia
Em publicação nas redes sociais, nesta sexta-feira (20/11), Dia da Consciência Negra, a Netflix protestou contra a morte de João Alberto Silveira – homem negro assassinado por seguranças do Carrefour, em Porto Alegre (RS).
No texto, o serviço de streaming afirma que havia preparado uma lista de grandes produções feitas por artistas negros, porém, devido ao caso de violência, desistiu de publicar.
“Eu tinha preparado uma lista com indicações de produções grandiosas feitas por artistas negros para compartilhar com vocês hoje. Mas em um país que assassina pessoas negras sistematicamente é preciso compartilhar outras coisas, como a raiva, a indignação e a tristeza”, escreveu a Netflix Brasil em seu perfil oficial.
Em seguida, eles homenagearam a vítima e pediram respeito.
“Toda solidariedade e respeito à família e amigos de João Alberto Silveira Feitas e à toda a comunidade negra”, pontuou.
Entenda o caso
João Alberto Silveira Freitas, conhecido como João Beto, foi morto na noite dessa quinta-feira (20/11) após ser espancado por dois seguranças do supermercado Carrefour, em Porto Alegre (RS), João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, se sustentava fazendo bicos.
João Beto – como era conhecido pelos amigos – morava em uma comunidade na Vila Farrapos, zona norte de Porto Alegre, onde era bastante querido pelos vizinhos. Ele deixa uma esposa de 43 anos, a cuidadora de idosos Milena Borges Alves.
Autores do homicídio, os dois seguranças, identificados como Magno Braz Borges e Giovane Gaspar da Silva, foram autuados por homicídio qualificado. Um deles é policial militar e o outro é segurança do Carrefour.