Netflix: documentário Vida Após a Morte faz sucesso ao abordar nossos medos
A produção, dividida em seis capítulos, é baseada no livro Suviving Death, da jornalista Leslie Kean
atualizado
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Há algo depois da morte? Essa é uma pergunta que ocupa a mente da humanidade há milênios. Das mais variadas religiões e até a ciência busca uma resposta a dúvida. O tema, agora, ganha a série documental Vida Após a Morte (Surviving Death), que está entre as 10 produções mais vistas da Netflix.
Em seis episódios, o diretor Ricki Stern aborda alguns pontos dessa discussão: experiências de quase morte, médiuns e reencarnação. O documentário é baseado no livro Surviving Death, da jornalista e autora de best-sellers Leslie Kean, que aborda o tema em suas diversas aparições.
Além da própria jornalista, Vida Após a Morte ouve médiuns, médicos e pesquisadores (científicos ou não) que tentam descobrir – ou, na maioria dos casos, provar – que a consciência humana sobrevive ao rito final. Ao mesmo tempo em que traz dados interessantes, enfraquece a narrativa a não se permitir o contraditório.
Falta a Vida Após a Morte um “outro lado” – sim, o trocadilho é intencional. Não há, na tela, mentes e estudiosos mais céticos que possam contradizer a narrativa, que tenta oferecer um conforto ao medo da morte.
Por isso, o primeiro episódio, que aborda estudos científicos sobre a experiência de quase morte (EQM), é o mais interessante do projeto. Nele, pesquisadores de importantes universidades debatem o tema e, quase que num anticlímax, mostram a incapacidade da ciência tradicional em oferecer uma resposta assertiva sobre o fenômeno.
No entanto, é interessante ver que o tema tem despertado o interesse de cientista há muitos anos e que algumas conclusões já foram obtidas.
Os capítulos seguintes trazem uma infinidade de relatos, principalmente de pessoas que afirmam terem vivido experiências de quase morte, contato com parentes mortos ou mesmo vivências de reencarnação.
Mesmo que tente provar seu ponto, sem muito espaço para contestação, Vida Após a Morte tem bons momentos e traz interessantes reflexões – quase sempre abordadas sem um viés religioso. Será que nossa consciência sobrevive a morte? É possível dizer que sim ou não.
