Netflix completa 10 anos no Brasil como uma dos principais players do entretenimento
Após uma década no país, o serviço de streaming ainda anuncia novas produções para os próximos anos
atualizado
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Há 10 anos, o termo streaming não fazia muito sentido para grande parte da população brasileira. Só quem era antenado com tecnologia sabia do que se tratava. Neste domingo (5/9), a realidade é outra e a grande responsável por isso está completando 10 anos no Brasil: a Netflix.
Ao longo desta uma década em território brasileiro, a Netflix, além de popularizar o termo streaming, tornou-se o serviço mais popular no país. Levantamento da consultoria JustWatch, estima que a “locadora vermelha” lidera o mercado nacional, com 33% de presença.
Em números absolutos, a estimativa, já que o serviço não divulga o dado, é que sejam cerca de 19 milhões de assinantes brasileiros – de um total de 209 milhões de usuários em todo o planeta. Um mercado tão grande, rapidamente, levou a Netflix a investir em produções nacionais.
Mesmo que tenha chegado ao Brasil em 2011, a popularização do serviço ocorreu em 2013, com a estreia do primeiro hit da Netflix: o thriller político House of Cards. Três anos depois, em 25 de novembro de 2016, estrou a primeira produção nacional: a série 3%. A distopia futurista, que abordava a desigualdade social brasileira, virou sucesso internacional e abriu portas para outras várias.
A produção, gestada no âmbito da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo, foi desenvolvida por Pedro Aguilera, Jotagá Crema, Daina Giannecchini e Dani Libardi e teve exibição no formato de websérie. Assim, chegou até a Netflix e ganhou nova roupagem, com Bianca Comparato, Michel Gomes, Rodolfo Valente e Vaneza Oliveira.
Novo player
O pioneirismo de 3% abriu um espaço, até então, inimaginável no audiovisual do país. O reinado da Globo passou a ter concorrência, com grandes atores, como Marco Pigossi, Bruna Marquezine e Bruno Gagliasso, trocando de canal, saindo da emissora carioca com direção a multinacional. Além disso, o streaming virou um celeiro para produções nacionais – uma delas, o documentário Democracia em Vertigem, disputou o Oscar de Melhor Documentário em 2020.
“Nossa ambição é colocar cada vez mais Brasil na Tela, para que mais brasileiros vejam suas vidas refletidas e que tenham orgulho de suas histórias, personalidades e cultura”, diz a Netflix, em comunicado enviado ao Metrópoles. Em levantamento feito pelo portal, ao menos 40 produções brasileiras – dos mais variados gêneros – foram lançadas nos últimos 10 anos.
E a lista vai aumentar. Em 2021 e 2022, estão previstos Confissões de Uma Garota Excluída, 7 Prisioneiros, Carga Máxima, Casamento à Distância, Lulli, Maldivas, A Sogra que Te Pariu, De Volta aos 15 e Temporada de Verão. Há ainda as novas temporadas de Cidade Invisível; Bom dia, Verônica; e Irmandade.
O calendário de lançamentos ainda tem realities shows, como É o Amor: Família Camargo, que mostra o cotidiano e a intimidade de Zezé di Camargo e da filha Wanessa Camargo; e Casamento às Cegas Brasil, comandado pelo casal Camila Queiroz e Klebber Toledo. Também chegam em breve à Netflix a versão brasileira do original americano de sucesso, Queer Eye Brasil, e o reality de empreendedorismo Ideias à Venda, com Eliana.
“Fomos o primeiro serviço de vídeo via streaming por assinatura no Brasil, e, desde então, investimos para termos a melhor experiência na plataforma e as melhores histórias”, conclui a Netflix.