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Zezé se irrita após grupo de Arthur do Val usar sua música em campanha

Sertanejo criticou o MBL e o ex-deputado pelo uso da música No Dia em Que eu Saí de Casa na campanha de Renato Battista

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Zezé di Camargo
1 de 1 Zezé di Camargo - Foto: Divulgação

O cantor Zezé di Camargo não gostou de ver a música No Dia em Que eu Saí de Casa, tema do filme 2 Filhos de Francisco, usada como jingle da campanha de Renato Battista (União), que concorre a uma vaga na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). O sertanejo criticou o Movimento Livre Brasil (MBL) e o ex-deputado Arthur do Val pelo uso da canção sem autorização.

Na versão do MBL, No Dia em Que eu Saí de Casa cita a cassação de mandato de Arthur do Val. O ex-deputado estadual perdeu o cargo após o Metrópoles divulgar mensagens de cunho sexista em que ele falava sobre mulheres ucranianas.

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Dono do canal MamãeFalei, no YouTube, Arthur se autodeclara liberal e utiliza a plataforma de vídeo para disseminar suas ideias. Com mais de 2 milhões de seguidores, Arthur ocupa considerável espaço na direita conservadora do Brasil
Durante um tempo, foi apoiador ferrenho de Jair Bolsonaro mas, em 2019, assumiu pensamento convergente ao do MBL
Em 2018, após se filiar ao DEM, o youtuber foi eleito deputado estadual de São Paulo. Em novembro de 2019, no entanto, foi expulso do partido sob o pretexto de ter atitudes divergentes às ideias da sigla
Em 2020, Arthur se filiou ao Patriota e disputou a prefeitura da cidade de São Paulo, terminando na quinta colocação. Focado em disputar o Palácio dos Bandeirantes nas eleições de 2022, do Val se filiou ao Podemos
No final de fevereiro deste ano, em meio à guerra na Ucrânia, o deputado e o coordenador do MBL, Renan Santos, viajaram para o país europeu
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Arthur Moledo do Val, nascido em 1986, é um deputado, empresário e youtuber brasileiro. Natural de São Paulo, fez parte do Movimento Brasil Livre (MBL) e já foi filiado ao Democratas (DEM), Patriota e ao Podemos (PODE). Atualmente está filiado ao União Brasil

Reprodução/Instagram
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Dono do canal MamãeFalei, no YouTube, Arthur se autodeclara liberal e utiliza a plataforma de vídeo para disseminar suas ideias. Com mais de 2 milhões de seguidores, Arthur ocupa considerável espaço na direita conservadora do Brasil

Arquivo pessoal
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Durante um tempo, foi apoiador ferrenho de Jair Bolsonaro mas, em 2019, assumiu pensamento convergente ao do MBL

Fábio Vieira/Metrópoles
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Em 2018, após se filiar ao DEM, o youtuber foi eleito deputado estadual de São Paulo. Em novembro de 2019, no entanto, foi expulso do partido sob o pretexto de ter atitudes divergentes às ideias da sigla

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Em 2020, Arthur se filiou ao Patriota e disputou a prefeitura da cidade de São Paulo, terminando na quinta colocação. Focado em disputar o Palácio dos Bandeirantes nas eleições de 2022, do Val se filiou ao Podemos

Fábio Vieira/Metrópoles
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No final de fevereiro deste ano, em meio à guerra na Ucrânia, o deputado e o coordenador do MBL, Renan Santos, viajaram para o país europeu

Fábio Vieira/Metrópoles
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Segundo eles, o objetivo do grupo na Ucrânia era conversar com pessoas que estão enfrentando a guerra. Renan afirmou que o convite foi feito a eles por ativistas que participaram dos protestos ucranianos de 2014, batizados de Euromaidan

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Contudo, dias após chegarem ao país europeu, Arthur do Val teve áudios vazados com comentários machistas e sexistas contra policiais e refugiadas ucranianas. Em um deles, o deputado utiliza termos escatológicos, afirmando que as mulheres são “fáceis, porque são pobres” e que “eram minas que se ela cagar você limpa o cu delas com a língua”

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A repercussão negativa dos comentários de Arthur fez com que ele declinasse da disputa pelo estado de São Paulo e se desligasse do Podemos. Além disso, a ação do deputado ainda lhe rendeu uma série de comentários negativos no Brasil e no Mundo. Apesar disso, logo após as falas sexistas, Arthur do Val se filiou ao União Brasil

Rafaela Felicciano/metrópoles
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O deputado pediu desculpas e disse estar “repleto de problemas pessoais” após o vazamento dos áudios. “Envergonhei minha mãe, minhas tias, minha sobrinha e perdi minha namorada", afirmou

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No entanto, essa não é a primeira vez que o político se envolveu em polêmicas. Em 2016, Arthur foi acusado de assediar uma jovem de 17 anos. Em 2018, causou repulsa ao falar que não era a Patrícia Pillar, após Ciro Gomes bater na cabeça dele. Em 2020, foi condenado pela Justiça por ataques ao Padre Júlio Lancelloti, entre outras

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Além da desfiliação ao Podemos, o deputado comunicou que não integrará mais o MBL. Ele também enviou uma carta aos gabinetes de todos os colegas da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) pedindo para não ter o mandato cassado. Contudo, o processo de cassação foi aprovado e será votação em breve

Reprodução/Instagram
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No fim de abril, no entanto, Arthur do Val renunciou a seu mandato como deputado estadual em São Paulo. Em nota, Arthur explicou a decisão: “Sem o mandato, os deputados agora serão obrigados a discutir apenas os meus direitos políticos, e vai ficar claro que eles querem na verdade é me tirar das próximas eleições”, disse

Fábio Vieira/Metrópoles
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Apesar disso, a renúncia do deputado não o fará escapar do processo de cassação do qual é alvo na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Parlamentares garantem que o pedido de cassação de Mamãe Falei será votado no plenário da Casa. Caso a Alesp confirme a expectativa e casse o mandato do deputado, o youtuber ficará inelegível pelos próximos oito anos

José Antonio Teixeira/Alesp

“No dia em que vazaram os áudios, o Arthur me disse ‘Renato, vem cá. Cortarão minha cabeça, mas conto contigo para me vingar'”, diz um trecho da canção adaptada.

Ao Uol, Zezé di Camargo criticou o uso de sua música sem autorização prévia: “Não autorizei ninguém a usar música minha em campanha política.”

Ainda ao site, o MBL afirmou que ainda planeja lançar um videoclipe para divulgar a versão da música de Zezé di Camargo e Luciano.

A candidatura de Renato Battista acontece após a cassação de mandato de Arthur do Val. “Cometeram um tremendo erro ao criar uma cassação ilegítima contra mim. Não conseguem deixar minhas ideias inelegíveis, por isso Renato Battista irá me substituir na Alesp, assim como irei ajudar a eleger Cristiano Beraldo para deputado federal. Se acharam que iríamos acabar, se enganaram redondamente”, afirmou ele ao Uol.

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