Tropkillaz usa tecnologia deepfake em novo clipe e gera debate
Produção inovadora substitui rostos de dançarinos dos anos 1960, 1970 e 1980 pelos dos DJs André Laudz e Zé Gonzales
atualizado
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Capaz de substituir imagem, voz e feições de uma pessoa em vídeos — de discursos políticos a filmes pornôs —, as deepfakes se tornaram uma ameaça em um mundo dominado por fake news. Disposto a popularizar a estratégia para combatê-la e, claro, apresentar maneiras de “utilizá-la para o bem”, o duo de DJs Tropkillaz lançou o primeiro clipe feito 100% a partir da tecnologia.
Concebido em conjunto pelo produtor Marcos Lochiavo, pelo diretor de arte Fernando 3D e pelo programador Leandro “Na Prática”, o audiovisual de Oooh! (I Like It)! traz cenas de dançarinos performando várias coreografias em vídeos dos anos 1960, 1970 e 1980, com os rostos dos DJs André Laudz e Zé Gonzales, que integram o Tropkillaz.
Para completar os efeitos especiais, foram inseridas animações da era Soul Train da televisão nos EUA, além de motions psicodélicos. A ideia, segundo Fernando 3D, é “mostrar que tudo é possível” com a deepfakes.
“Resolvemos usar o humor pra disseminar mais ainda a tecnologia. Assim, a gente consegue se destacar, saindo um pouco do âmbito político”, comentou o diretor de arte, Fernando 3D, ao Metrópoles.
Para criar o clipe, Lucas conta que teve de desenvolver um software de automação. O programa foi responsável por analisar os rostos de Zegon e Laudz, treinar seus movimentos e aplicá-los em massa nos vídeos antigos. “Sem isso trabalho seria impossível concluir o clipe em prazo aceitável”, explica o programador.
O resultado já está disponível nas plataformas digitais.
Confira: