Tentando ampliar espaço feminino na cena rap, a Batalha das Gurias ocorre neste domingo (24/1)
Realizado mensalmente, o encontro foi criado como alternativa ao ambiente hostil das batalhas de rap mistas
atualizado
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Em meio a um cenário cercado por homens, a Batalha da Gurias (BDG) surgiu em 2013, promovida pelas rappers Dihéssika Wendy, 19 anos, e Amorin, 21 anos. A intenção era juntar o público feminino que não tem espaço e fazer uma batalha de rap sem nenhum homem envolvido.
O projeto vingou e desde então vem sendo realizado mensalmente. A primeira BDG deste ano está marcada para domingo (24/1), na praça do Museu Nacional da República, a partir das 14h. “O movimento do rap e do hip-hop tem público masculino e feminino, mas muitas mulheres não se sentem à vontade de fazer parte dessa cena, pela questão do machismo” conta Dihéssika Wendy.
Dihássika conta que já presenciou e sofreu diversos tipos de preconceito em batalhas mistas, “No último evento de hip-hop em Ceilândia, teve as batalhas feminina e masculina. A premiação para a vencedora da batalha era metade da prêmio masculino. Sem contar que nos trataram supermal e fizeram descaso” relata.
Atualmente, o coletivo conta com sete meninas que organizam a BDG, procurando alcançar mulheres que querem conquistar o espaço nessa cena. Qualquer menina pode participar, basta se inscrever no dia, no local do evento, antes das 14h. Nesta edição, o prêmio será uma tatuagem da Cria Tattoo, no valor de R$ 300. As juradas MCs Mariana Alencar e Stroga vão avaliar as concorrentes.