Taylor Swift vingativa e rebelde sai de cena em folklore: e resultado é bom
A cantora deixou a polêmica de lado em um disco, lançado de surpresa nesta sexta (24/7), e aborda seu talento como compositora
atualizado
Compartilhar notícia
Poucas cantoras se envolveram em tantas polêmicas nos últimos tempos quanto Taylor Swift. Dos ataques sofridos por Kanye West à perda de parte do seu repertório, lá estava ela. Assim, de certa forma, seu talento musical acabou caindo em um perigoso segundo plano. Bom, isso parece mudar com folklore (assim mesmo, em caixa baixa), disco surpresa lançado nesta sexta (24/7).
Taylor Swift aproveitou o momento de quarentena e isolamento social para produzir música – o que, goste ou não, ela sabe fazer. De pegada mais intimista, flertando com o folk e trazendo baladas, folklore é uma acerto depois da derrapada de Lover (2019).
Sai de cena a Taylor pop-dançante-vingativa (vista em 1989 e Reputation) e entra uma cantora disposta a pensar o momento atual. Veja bem, não é um disco literalmente sobre o isolamento ou sobre a pandemia de Covid-19. O álbum pergunta o que está por vir e como os indivíduos vão enfrentar o futuro.
Sem a verve Bad Blood, Taylor abre espaço para o que tem de melhor como artista, uma capacidade imensa de compôr boas músicas – folklore tem 16 faixas, todas compostas, produzidas e gravadas neste período de quarentena.
O disco apresenta uma cantora mais próxima da sua origem no country e em movimento contrário ao retorno do disco-dance (alô Lady Gaga e Jessie Ware). E nesse tom meio Lana Del Rey, meio Billie Eilish e meio Taylor Swift mesmo, ela entrega boas faixas como the last great american dynasty, exile (feat. Bon Iver) e mad woman.
folklore não é o melhor disco de Taylor, mas apresenta uma cantora com capacidade criativa para oscilar entre suas personalidades criadoras.
Avaliação: Bom