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Sertanejo, forró e pagode: drag queens exploram diversidade musical

Reddy Allor, Ohana Azalee, Nininha Problemática e Aretuza Lovi são algumas das drag queens que se estabeleceram em ritmos diferentes do pop

atualizado

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Gui Martinez, Divulgação, Divulgação, Everton Carvalho
Drag queens
1 de 1 Drag queens - Foto: Gui Martinez, Divulgação, Divulgação, Everton Carvalho

Embaladas pelo pop, drag queens como Pabllo Vittar e Gloria Groove ganharam destaque musical no Brasil. O sucesso delas foi essencial para abrir espaço para novas artistas em outros gêneros. Agora, existem cantoras de pagode, forró, pagodão baiano e sertanejo buscando um lugar de destaque.

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A drag queen Aretuza Lovi já viralizou com suas músicas
A drag queen e cantora de pagode Ohana Azalee
Reddy Allor, drag queen e cantora de sertanejo
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A drag queen Nininha Problemática aposta na cultura baiana para fazer sucesso

Everton Carvalho
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A drag queen Aretuza Lovi já viralizou com suas músicas

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A drag queen e cantora de pagode Ohana Azalee

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Reddy Allor, drag queen e cantora de sertanejo

Gui Martinez

Sertanejo para todos

Foto colorida de Reddy Allor, cantora sertaneja - Metrópoles
Reddy Allor, drag queen do sertanejo que assinou com a Som Livre

Reddy Allor é uma drag que aposta no sertanejo para ter sucesso. Cantora desde os 12 anos, tinha uma dupla sertaneja com o irmão, que era intitulada Guilherme e Gabriel. Com a maturidade, resolveu seguir carreira solo para explorar novos caminhos.

“Por mais que eu amasse cantar sertanejo, aquele ambiente [com a dupla sertaneja] já não me cabia e acabei me afastando. Depois desse momento fui me reconhecer em uma bolha que aceitava o meu jeito, as minhas escolhas e fez com que me sentisse confortável para trilhar um novo caminho. Entendendo que o sertanejo continuava em um lugar de afeto e felicidade, passei a unir a minha essência artística com a minha essência musical”, explica a artista.

Abordando diferentes referências do gênero, a artista venceu o reality musical Queen Stars Brasil e, em 2019, lançou o primeiro single. A música Tira O Olho recebeu o aval de Marília Mendonça nas redes sociais e deu início a trajetória de Reddy Allor, que permanece em crescente.

“Agora estou em processo de produção do primeiro projeto junto com a Som Livre. Será um EP. Não poderia estar mais feliz e realizada nessa nova fase, vivendo um sonho e trabalhando muito!”

De Brasília para o Brasil

A drag queen Aretuza Lovi já viralizou com suas músicas

A goiana Aretuza Lovi iniciou a carreira em Brasília após uma brincadeira com os amigos. Após se apresentar em uma boate, a artista viu a possibilidade de se tornar uma cantora de ritmos regionais, inspirada em Joelma e Viviane Batidão.

“Sempre fui apaixonada por forró, pelo ritmo calypso e outros ritmos do norte e nordeste. Morei boa parte da minha vida no norte e nordeste e pude absorver e viver muito a cultura local”, conta.

A drag queen tem 11 anos de carreira, fez parte do elenco da 9ª temporada de Amor & Sexo e se destaca por músicas como Catuaba e Joga Bunda, hits com mais de 10 milhões de visualizações no YouTube. Os sucessos são de funk pop, mas as raízes regionais seguem presentes no álbum Borogodó, que ganhará um segundo ato neste ano.

“Vou lançar a parte 2 do álbum Borogodó em 2023. Está cheia de feats especiais com artistas que possuem uma musicalidade que dá um match muito grande com a minha e de diversos lugares do Brasil”, revela.

Vem de pagodinho

A drag queen e cantora de pagode Ohana Azalee

A cantora e compositora Ohana Azalee foi influenciada pelo samba no Rio de Janeiro para iniciar sua carreira. Ela chegou a estar em situação de rua após assumir sua sexualidade, mas encontrou na arte uma forma de viver novas possibilidades, incluindo a música.

“Em 2017 eu lancei uma música chamada Piridrag, que é um pop funk bem chiclete, mesmo não me sentindo 100% confortável nesse estilo musical. Foi só em 2022 que eu percebi que posso ser quem eu quiser e cantar a minha verdade. Desde então eu topei o desafio de ser a primeira drag pagodeira do Brasil e pavimentar essa estrada para que outra muitas venham a partir de mim”, orgulha-se.

A artista esteve no Queen Stars Brasil e encontrou no reality uma forma única de expressão artística. Agora, prepara o lançamento do primeiro single autoral chamado Chumbo Trocado. A novidade fala sobre amor, traição e vingança.

“Essa será a primeira das 5 faixas do meu primeiro EP que se chamará Prazer Ohana. Junto com esse primeiro single virá o lançamento do clipe, que está esbanjando sensualidade e sex appeal”, pontua.

Ohana também trabalha com um projeto chamado ColaBora, uma live session onde convida artistas para cantar um repertório diverso com ela. No segundo semestre, a artista trabalhará na agenda artística com shows.

Musicalidade baiana

A drag queen Nininha Problemática aposta na cultura baiana para fazer sucesso

Nininha Problemática vive a arte drag em diversos contextos. Iniciou se montando para gravar vídeos de humor e expandiu os horizonte para a música acompanhando o crescimento das drag queens cantoras em 2017.

Inspirada em cantoras como Ivete Sangalo, Joelma e Beyoncé, decidiu arriscar o dinheiro do seguro desemprego na produção do primeiro single, No Paredão. A música é uma versão de Crazy in Love e marca o início da caminhada de Nininha.

“Eu sentia muita falta da musicalidade da Bahia inserida nesse mercado. Procurei produtores que topassem produzir a música, convidei um amigo para compor, peguei o dinheiro e investi no clipe com a ajuda de muitos parceiros e com vontade de fazer dar certo”, relembra.

A artista concilia a vida musical com a profissão de maquiadora. Ela fez parte da equipe de caracterização dos personagens da sequência de Ó Pai Ó e também participou das gravações do filme.

Os trabalhos na música continuam sendo uma das prioridades de Nininha Problemática, mas sem pressão para lançamentos imediatos. “Eu e minha equipe estamos trabalhando, mas sem muitas cobranças. Estamos fazendo como dá, do jeito que dá”, conta.

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