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Retrospectiva 2019: nove mulheres que se destacaram no hip-hop

Na cena norte-americana, diversas rappers conseguiram subir ao estrelato durante este ano

atualizado

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Matt Winkelmeyer/Getty Images for American Influencer Awards
2nd Annual American Influencer Awards – Inside
1 de 1 2nd Annual American Influencer Awards – Inside - Foto: Matt Winkelmeyer/Getty Images for American Influencer Awards

A segunda década do século 21 está chegando ao fim em 2019. E, nos últimos dois anos, mulheres rappers finalmente começaram a ter reconhecimento justo e de destaque dentro da cena hip-hop. As artistas representam uma nova geração, dominam o cenário e conseguiram sucesso utilizando aplicativos como o TikTok.

Embora possam ter lançado faixas, álbuns e EPs no passado, algumas dessas artistas apenas chegaram ao mainstream neste ano. Todas, do seu próprio jeito, representam um movimento de auto-aceitação e rebeldia. Enquanto Megan Thee Stallion busca celebrar seu corpo e sensualidade com suas faixas, cantoras como Ashnikko enaltece a própria estranheza e um fato relevante: mulheres não precisam de um homem para serem felizes.

Confira as rappers que bombaram em 2019:

Doja Cat

Nascida e criada em Los Angeles, Doja Cat está fazendo música desde 2013, quando compartilhou sua primeira faixa – na época, ela tinha 16 anos de idade. Quando mais nova, desenvolveu suas habilidades musicais ao tocar piano e fazer aulas de dança. Ela gostava de artistas como Busta Rhymes, Erykah Badu, Nicki Minaj e Drake. Logo, começou a “samplear” músicas a partir de vídeos no YouTube, aprender Logic e composição em um controlador MIDI.

Seu primeiro EP, Purrr!, foi lançado em 2014 e conseguiu mais de 30 milhões de reproduções acumulativas apenas com a faixa So High. Eventualmente, ela lançou o álbum de estreia, Amala. Hoje, ela tem mais de 13 milhões de ouvintes mensais apenas no Spotify.

Rico Nasty

Originalmente da área ao redor de Washington D.C., Rico Nasty descreve sua sonoridade como “sugar trap” (“trap açucarado”, em tradução livre). Ela começou a fazer rimas em poesias e seguiu para o rap. Alguns de seus trabalhos mais antigos incluem iCarly, Hey Arnold e Iggady [Remix], que ajudaram-na a desenvolver um grupo de fãs underground. Depois, lançou mixtapes como Sugar Trap e The Rico Story. Ela conta mais de 1 milhão de ouvintes mensais e sua faixa mais ouvida, Smack A Bitch tem mais de 28 milhões de reproduções.

Megan Thee Stallion

Seu nome explodiu na cena musical durante o verão nos Hemisfério Norte, por conta de Hot Girl Summer, sua faixa em parceria com Nicki Minaj e Ty Dolla $ign. Porém, a rapper de Houston começou a ganhar atenção em 2016 pelas letras sensuais e a autoconfiança que define seu estilo.

Hoje, ela tem mais de 7 milhões de ouvintes mensais. Suas faixas mais populares, além de Hot Girl Summer, são Cash Shit com DaBaby, Big Ole Freak e Big Booty – todas com mais de 10 milhões de reproduções.

Lizzo

Embora Lizzo não tenha um estilo específico, sua sonoridade é influenciada pelo rap de Houston, o gospel e ainda música clássica – ela estudou performance clássica de flauta na universidade. A música dela transmite todo o talento e carisma da artista, tratando de temas como raça, sexualidade, auto-amor e positividade corporal.

Sua canção mais popular, Truth Hurts, foi lançada em 2017 e começou a fazer sucesso no TikTok neste ano. Além disso, a faixa foi usada em um filme da Netflix e chegou ao patamar de hino após todo esse reconhecimento. Agora, Lizzo tem 25 milhões de ouvintes mensais no Spotify. Sua música mais popular tem mais de 451 milhões de reproduções.

Princess Nokia

Nascida em Nova York e de família porto-riquenha, Princess Nokia é MC, cantora, escreve músicas, atua, trabalha como empresária e é ativista. Ela busca ampliar sua voz através da arte, moda, filmes e sociedade. Após lançar algumas faixas, ela começou a ser notada em 2017 com o álbum independente 1992 Deluxe [Rough Trade]. Ela tem crescido silenciosamente, mas, como afirma na faixa Sugar Honey Iced Tea (S.H.I.T.): “Não faço isso para ser famosa, faço por que amo”.

À Noisey, Princess Nokia diz se definir como uma bruxa e uma tomboy, feminista e queer, que se sente empoderada pela sua complexidade. Ela tem um podcast, Smart Girl Club Radio, no qual ela compartilha seus pensamentos sozinha. Nele, a artista afirma que “todo ano [ela] atribui a [si] mesma uma bela peça artística que é [seu] projeto musical daquele ano”. Para o álbum 1992 Deluxe, a cantora ainda conta que produziu uma música por mês.

Ashnikko

Esta inglesa de cabelo do mesmo tom de Marge Simpson explodiu no TikTok também. Com apenas 23 anos, a rapper está aproveitando a fama que o aplicativo trouxe. A canção é sobre estar cansada de ser maltratada em relacionamentos e, esta atitude confiante, encontra-se também em outras faixas do EP Hi, It’s Me.

Para tirar vantagem dos seus mais de 2,5 milhões de ouvintes mensais no Spotify, Ashnikko planeja lançar “muitas faixas”. Seu estilo musical é alto, bem sensual e independente, o tipo de música que você canta na frente do espelho usando uma escova de cabelo como microfone.

Yung Baby Tate

Cantora, produtora, rapper, dançarina e atriz, Yung Baby Tate é descrita como um “arco-íris” tanto pelo talento diverso quanto pela estética colorida. Ela cita Brandy, SWV e Missy Elliott como suas principais inspirações musicais, assim como Gwen Stefani.

Como muitas mulheres que fazem parte da mais recente onda de rappers, ela esbanja autoconfiança tanto nas letras quanto em suas performances. A artista em boas razões para isso: a maioria de suas faixas são produzidas, compostas e mixadas de maneira independente. Em seguida, ela mesma escolhe a estética que acompanhará o álbum e suas performances – outro foco da cantora é fazer parcerias com mulheres negras e latinas.

Leikeli47

A misteriosa Leikeli47 já tem três discos, mas seus fãs nunca viram seu rosto. Com uma pegada Pussy Riot mais moderna, a artista escolhe se ausentar não somente de uma identidade física como também das redes sociais e entrevistas. A escolha foi feita por ela para dar ênfase à sua arte. Em seu álbum mais recente, Acrylic, ela convida as pessoas a irem passear pelas ruas.

“É gueto, é justo e é divertido; e eu estou falando daquilo que vivo”, definiu a artista. A artista é agressiva e representa a nova geração, assim como as outras. Sua música já foi escolhida para as três temporadas da série Insecure e foi parar na trilha do filme Uncle Drew.

Saweetie

A favorita “Icy Wifey” começou a fazer sucesso com Icy Girl em 2017, mas explodiu neste ano com a faixa My Type – o maior hit de sua carreira até agora. Seu som é inspirado no gansta funk da Costa Oeste dos Estados Unidos, além das referências aos anos 1980. O resultado é uma mistura divertida e dançante.

Sua meta é inspirar mulheres a serem independentes. Em entrevista à Vice, Saweetie diz que ser uma Icy Girl não tem muito a ver com jóias e roupas. “Sinto que uma Icy Girl é trabalhadora. ela é independente e sem desculpas. Talvez eu faça coisas que choquem as pessoas, mas você não pode me impedir, vou fazer o que eu quiser”, conclui a rapper.

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