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Renato Teixeira: “O vírus da desigualdade é a maior pandemia do Brasil”

O cantor e compositor, com mais de 50 anos de carreira, lança novo single nesta sexta-feira (14/8)

atualizado

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Renato Teixeira tem cabelos brancos nos lados da cabeça e careca em cima, barba branca, usa óculos, está com uma camisa azul e segura um violão.
1 de 1 Renato Teixeira tem cabelos brancos nos lados da cabeça e careca em cima, barba branca, usa óculos, está com uma camisa azul e segura um violão. - Foto: Divulgação

Ao longo dos últimos 50 anos, o Brasil e o seu povo tem servido de inspiração para os versos do cantor e compositor Renato Teixeira. Durante a pandemia da Covid-19, não tem sido diferente. A quarentena criativa do artista tem dado frutos, o mais recente,  a música Homens São Todos Iguais, chega nesta sexta-feira (14/8) em todas as plataformas digitais.

A canção celebra a fé de quem ainda acredita na salvação da humanidade. “Estou escrevendo muita música na pandemia e fiz essa canção com muito carinho e acredito que ela caiu muito bem para esse momento do mundo que estamos vivendo atualmente”, comentou o cantor, durante entrevista coletiva realizada nesta quinta (13/8).

Na letra de Homens São Todos Iguais, Renato roga à Nossa Senhora e à sua mãe Jaci, por um mundo mais igualitário. “Está na hora das mães darem um grito pedindo pelo fim da pobreza. Não dá mais, tem dinheiro para todo mundo. A pobreza existe por causa dos maus arranjos. Se resolver isso, o mundo vai ser um lugar maravilhoso”, salienta e completa. “O vírus da desigualdade é a maior pandemia do Braisl”.

Consagrado por seus grandes sucessos como Romaria e Amanheceu, Peguei A Viola, o artista ressalta que nunca usou sua música para fazer política. “A extrema direita e a extrema esquerda escutam Romaria, então saio na frente”, brinca. “Todas as minhas músicas são um convite ao futuro. E eu espero que seja um futuro sem preconceitos, sem discriminação, porque isso é uma perda de tempo e uma burrice tremendas”, completa.

Questionado, ainda, sobre sua maneira de se manifestar politicamente, o músico diz que nunca se sentiu representado por nenhum dos governantes que passaram ou estão no poder. “Não tenho nada a agradecer, nada no país funciona, é só ver as escolas, a segurança está horrível…. A música soa sobre todas as religiões e sobre todas as ideologias”, conclui.

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