Quatro lançamentos em CD que vão do samba ao rock. Leia a crítica, ouça o disco
Álbuns lançados pelos cantores Diogo Nogueira, Simone Lial e Cajat e pela banda Folks estão entre as novidades de música brasileira
atualizado
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“Porta-voz da Alegria”
Diogo Nogueira
O sétimo disco do cantor Diogo Nogueira tem fortes doses de romantismo, justificadas com a produção de Bruno Cardoso e Lelê, ambos do Sorriso Maroto. O CD confirma o lado intérprete do artista ao trazer apenas duas composições de Diogo: “Na Boutique”, dele com Leandro Fab e Fred Camacho, e “Paixão Além do Querer”, com Raphael Richaid e Inácio Rios. Mas, ironicamente, as melhores faixas são aquelas já conhecidas pelo grande público. “Alma Boêmia”, de Toninho Geraes e Paulinho Resende, e “Deixa Eu ir à Luta, de Leandro Lehart, são canções superiores às demais, inclusive a “Musas”, de Arlindo Cruz e Rogê. Ouvir.
Universal Music, 15 faixas. Preço médio: R$ 23,90
“E Toda Dor que Sofri Será Canção”
Simone Lial
O segundo disco da cantora Simone Lial (foto no alto da página) chega dois anos depois do primeiro, com “O Amor Daqui de Casa”. No novo trabalho, a carioca interpreta 12 canções de Maurício e Leo Maturo. Compositores pouco conhecidos pelos brasilienses, eles mesclam elementos clássicos e modernos do samba em suas músicas. Simone se mostra totalmente confortável nas canções. O instrumental tem uma formação curiosa: o repique é de mão, o pandeiro é de nylon e o banjo é tocado como percussão. Complementam violão de 7 cordas, baixo acústico e acordeon. Um novo formato para um outro tipo de samba. Ouvir.
Selo Aluja, 12 faixas. Preço Médio: R$ 25
“Noite Fria”
Cajat
É nítida a referência do rock brasileiro no CD de estreia de Cajat. Baiano de Salvador, o cantor e compositor tem referências de Dolores Duran e Caetano Veloso, porém, o que fica mais claro neste primeiro disco são influências da Legião Urbana, Raul Seixas e Mutantes. As letras — “O Vazio”, “Não Tenha Medo”, “Delíricos Vitaris” — têm inspiração no dia a dia do artista e tratam de relações de amor, amizade, alegrias e frustrações. Vale citar que o álbum foi produzido por Renato Nunes e tem na engenharia de som a assinatura de André T, nome conhecido no rock baiano. André já gravou e produziu a cantora Pitty e a banda Cascadura, entre outros artistas. Ouvir.
Independente, distribuição Tratore, 11 faixas. Preço médio: R$ 23.
“Folks”
Folks
O rock brasileiro — principalmente aquele produzido na década de 1980 — gera herdeiros até hoje. A banda carioca Folks é a prova disso. No primeiro disco, homônimo ao grupo, Sérgio Sessim (guitarra solo), Paulinho Barros (guitarra base), Vitor Carvalho (baixo), Ygor Helbourn (bateria) e Kauan Calazans (vocal) não medem a mão na hora de tocar seus instrumentos. O quinteto vibra intensamente tanto em inéditas, como em regravações. A produção é de Felipe Rodarte e a direção artística de Constança Scofield. O CD foi gravado na Toca do Bandido, estúdio de Tom Capone, que já recebeu O Rappa, Nando Reis e Frejat. Ouvir.
Independente, 13 faixas. Preço médio: R$ 23