Produtor uruguaio Cabrera mescla latinidade e brasilidade em disco autoral
No Brasil há 18 anos, o produtor musical já trabalho com grandes nomes do sertanejo, como Eduardo Costa e Gusttavo Lima
atualizado
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O produtor Cabrera é um nome conhecido dos artistas nacionais, em sua lista de parcerias figuram grandes nomes da música brasileira, como Gusttavo Lima, Eduardo Costa, Claudia Leitte e Ludmilla. Agora, o uruguaio, radicado no Brasil há 18 anos, trabalha no Cabrera Conexión, disco autoral com 10 faixas que resumem sua trajetória, com uma mistura de latinidade e os mais variados ritmos brasileiros.
“Esse projeto me representa, é uma verdadeira mistura de artistas brasileiros com latinos, de culturas, experiências e dois mundos que sempre tiveram uma barreira muito grande entre eles”, comemorou Cabrera, em entrevista ao Metrópoles.
Até agora, principalmente por conta das barreiras impostas pela pandemia de Covid-19 (doença causada pelo novo coronavírus), Cabrera divulgou dois trabalhos do disco: Tchuky Tchuky – com Jerry Smith e Jowell & Randy, e Tua Raivinha, ao lado de Ludmilla e Joey Montana. Unindo artistas latinos aos brasileiros, o produtor ainda contará com Claudia Leitte e outros colaboradores. “Estou feliz com tudo e tem bastante novidades em um futuro próximo”, completa.
“Cada faixa possui sua identidade, sua característica única. A primeira música que lancei foi Tchuky Tchuky, um reggaeton pesado. Tua Raivinha é uma canção de rádio, com mais conteúdo na letra e harmonia. Na próxima, estou pensando em misturar brega funk e reggaeton”, antecipa o produtor.
União Brasil e América Latina
Cabrera, que conta ter tido um começo complicado por aqui, conquistou seu espaço justamente por enxergar as conexões dos gêneros latinos com a música brasileira – que, por conta da dimensão continental do país, tem uma produção diferente dos vizinhos.
“Há 10 anos, tenho misturado a brasilidade e a latinidade nas minhas músicas, algumas, graças a Deus, viraram grandes sucessos e acabaram acostumando o ouvido dos brasileiros. Isso acabou sendo mais um ingrediente que agrada ao público daqui e aumentou a possibilidade de mistura”, avalia Cabrera.
Para Cabrera, a aproximação dos gêneros abre uma porta para que as canções brasileiras conquistem novos mercados. No entanto, o produtor acredita que os artistas nacionais precisam ter foco em outros mercados além do nacional.
“Pelo Brasil representar um grande ecossistema, os produtores/artistas fazem música sem pensar muito (ou nada) no mercado internacional. O que chega lá é meio na ‘sorte’, se tivesse um pensamento voltado para isso, todo mês teria uma ‘Ai se Eu Te Pego” ou “Bumbum Tam Tam”. Com o passar dos anos, os produtores e artistas começarão a fazer sons com capacidade de entrar no circuito internacional mais frequentemente”, conclui.