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Preta Gil: “Consegui transformar um momento difícil em um propósito”

Preta Gil fez primeiro grande show após o tratamento contra o câncer, nesse sábado (1º/6), no Tim Music Festival, no Rio de Janeiro

atualizado

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Rogério Von Kruger/Divulgação
Foto colorida de Preta Gil, em show em Copacabana, no Rio de Janeiro - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de Preta Gil, em show em Copacabana, no Rio de Janeiro - Metrópoles - Foto: Rogério Von Kruger/Divulgação

Rio de Janeiro — Radiante, Preta Gil fez seu primeiro grande show após o tratamento contra o câncer, nesse sábado (1º/6), no Rio de Janeiro, para uma plateia apaixonada que lotou as areias de Copacabana. Na apresentação, a artista misturou ritmos e prestou homenagens a ídolos como Luiz Gonzaga e Gilberto Gil, seu pai. Mas foi o seu próprio repertório que reservou o momento de maior emoção da noite.

“Eu sou Preta Gil, mulher negra, gorda, bissexual e venci um câncer. Diz aí quem é você”, disse a artista enquanto entoava Vá se Benzer, e perguntava aos fãs quem eles eram. Com um microfone que rodava a plateia, uma mulher respondeu com a voz embargada: “Eu sou Madalena, tenho 52 anos, também venci um câncer e prometi para mim mesma que comemoraria a minha cura junto com você, Preta! E hoje estou aqui!”.

A declaração pegou o público de surpresa, mas não Preta Gil, que já se habituou a receber depoimentos como esse desde que decidiu tornar público tanto a doença quanto o abandono afetivo que sofreu do ex, enquanto estava internada. “Eu consegui transformar toda a minha dor em força, e eu fico feliz de ver as se inspirarem. São muitos relatos que eu escuto como os dela. Eu fico feliz da minha existência servir de inspiração”, disse a cantora ao Metrópoles, assim que deixou o palco.

Interação com os fãs

O momento de interação com um público existe desde 2018, quando Preta rodou a Europa para lançar o álbum Todas as Cores, que teve Vá se Benzer como carro-chefe. Mas após o câncer, foi ressignificado:

“Surgem muitos depoimentos emocionantes [durante a performance do show], mesmo antes de eu ter o câncer, as pessoas já se identificavam comigo e com a minha história. Mas agora, sem dúvida, eu consegui transformar um momento muito difícil da minha vida, em um propósito de inspirar as pessoas a lutarem, e, principalmente, para mostrar que a gente pode vencer, o câncer não é uma sentença de morte”, explica Preta.

Ainda no bate-papo logo após o show, Preta afirmou reconhecer seus privilégios e saber de todas as dificuldades que as pessoas encontram durante o tratamento, mas ressaltou a importância de ter uma “cabeça boa” e fé para passar pelo processo da doença com “dignidade”.

A repórter viajou a convite do Tim Music Festival*

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