Pop nacional ganha mercado e aposta em ritmos brasileiros
Apesar da boa fase estética, o gênero ainda não consegue competir com o sertanejo nas rádios e nos shows
atualizado
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O pop brasileiro é uma realidade. Cada vez mais profissional, o gênero começa a criar as próprias estrelas brasileiras: Anitta, Ludmilla, Alok já são nomes consagrados. Ao mesmo tempo, surgem
outros artistas como IZA, Karol Conka, Pabllo Vittar e a Banda Uó. Mas resta a pergunta: o que define o estilo no Brasil?
O pop produzido por aqui não deve em nada para o gringo. Mistura de gêneros, aproximação com o eletrônico e turnês começam a fazer parte do público nacional. Mas existe um elemento que marca todos esses artistas: os ritmos nacionais.
Ao contrário do que ocorria nos anos 1990, o pop nacional contemporâneo busca na brasilidade a base do som. Tem funk, arrocha, brega e MPB. Tudo junto e misturado.
O pop é sempre diverso. O brasileiro mistura a estética internacional com o ritmos nacionais. Acho que estamos abrindo o ouvido do público mais jovem para gêneros pouco explorados
Davi Sabbag, da Banda Uó
Apesar dos avanços, o pop nacional ainda não possui o protagonismo no país que outros gêneros conquistaram. Por exemplo, o sertanejo ainda segue à frente na distribuição em rádios e no número de shows.
“Não temos nenhum artista pop que consiga cobrar mais de R$ 200 mil por show. Os sertanejos possuem cachês exorbitantes. Eles têm a oportunidade de ter um planejamento similar aos popstars gringos”, revela Flavio.
Para Davi Sabbag, essas dificuldades são momentâneas e devem ser superadas. “Esse espaço estava vago, agora os artistas estão ocupando. O investimento vai acabar chegando”, torce o cantor.