Orquestra VGMus transforma trilha sonora de games em música clássica

Foi-se o tempo no qual as trilhas sonoras dos games eram feitas apenas de zumbidos esganiçados em 8 bits. Na esteira da melhoria dos gráficos, a música cresceu em importância e se tornou ainda mais essencial para a experiência, contratando até mesmo orquestras para ficarem responsáveis pela produção. Nesta sexta-feira (23/12), os músicos brasilienses da VGMus mostram essa evolução

Em apresentação gratuita, que acontece às 20h, no estacionamento da Caixa Cultural Brasília, o grupo pretende ir do inicial “Super Mario” ao complexo “Skyrim” para deixar todos os fãs arrepiados.

O maestro brasiliense Felipe Ayala afirma que procura um equilíbrio entre o clássico e o moderno. “Nós buscamos temas e elementos com a maior variedade possível dentro do ramo de trilhas sonoras de filmes e de jogos”, explica. Sendo assim, o unânime “Tetris” ganha tanto destaque quanto o fofo “Angry Birds”.

Além disso, eles não esquecem de ouvir os fãs, que trazem constantes sugestões de games que merecem tratamento “de orquestra”. Inclusive, ao ganharem vida com instrumentação clássica, várias trilhas de jogos antigos mostram que, mesmo com as limitações dos bits, eram grandes canções.

“No caso das trilhas antigas, o arranjador deve incorporar a essência daquela obra, valendo-se de seus conhecimentos musicais e da própria inspiração para transportar esses sons ‘artificiais’ de 8 e 16 bits para os instrumentos clássicos de orquestra”, conta Felipe que, claro, é fã de videogame. “Meus preferidos são jogos de guerra, tiro, esportes, estratégia e aventura.”

A VGMus vai se apresentar com formação completa: 44 instrumentistas e produtores juntos a um coral de 36 pessoas. Além dos games, eles tocam interpretações de sucessos musicais do cinema, como “Harry Potter” e “Star Wars”.

VGMus – Um Sonho de Natal
Sexta-feira (23/12), às 20h, no Estacionamento da Caixa Cultural Brasília (SBS QD 4). Entrada franca. Informações: 3206-9448; Classificação livre