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“O que estamos vivendo é insuportável”, desabafa Erasmo Carlos

Em entrevista, cantor fala sobre amadurecimento, elogia Lulu Santos, saúda a ida de Gilberto Gil à ABL e critica a situação do país

atualizado

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Erasmo Carlos sorrindo com blusa preta e cabelos brancos - Metrópoles
1 de 1 Erasmo Carlos sorrindo com blusa preta e cabelos brancos - Metrópoles - Foto: Divulgação/TV Globo

Erasmo Carlos ganhou de Rita Lee o apelido de Gigante Gentil, motivado por seu 1,93m de altura. O epíteto inspirou, anos mais tarde, uma música e um álbum de mesmo nome. A alcunha tem a ver também com a cordialidade do artista, característica que o acompanha desde meados dos anos 1960, quando ele e suas músicas ganharam o país impulsionados pela Jovem Guarda.

Na década seguinte, o romantismo deu o tom na parceria musical com Roberto Carlos, fazendo desse cancioneiro a trilha sonora nas vidas de brasileiros das capitais aos rincões do país. Erasmo é romântico sem nunca perder a pegada roqueira. Nas suas canções, falou do que quis, com leveza e objetividade. Atento e atencioso, abraçou artistas surgidos nos anos 1980 e os das décadas seguintes, como Adriana Calcanhotto e Pitty.

Aos 81 anos, Erasmo mantém o vigor e a jovialidade ao revisitar a Jovem Guarda em seu novo trabalho, marotamente intitulado de O futuro pertence à… Jovem Guarda. E, com ele, volta às ribaltas após os dois anos de isolamento imposto pela pandemia.

No domingo (8/5), sobe ao palco do Qualistage, na Barra da Tijuca, como um presente não somente às mamães, mas a todos os seus fãs, que se renovam a cada dia. “E, assim, vou sobrevivendo”, diz ele ao New Mag nesta conversa por telefone, na qual falou do presente, do seu legado e do… futuro, dele próprio e do país.

Você chegou aos 80 em 2021, juntamente com outros companheiros de geração como o parceiro Roberto. Completar este ciclo pesou? Como você se vê hoje?

Esse processo de envelhecer faz parte de uma transformação natural. Chegar aos 80 não é diferente de chegar aos 79 ou aos 81. O homem com alguma sabedoria já espera e se prepara para essa transformação. Porque envelhecer é uma merda! A cabeça continua jovial, mas o corpo não. E isso faz com que, por dentro, estejamos putos da vida. Mas a banda toca assim, e a música é essa. É esse o ritmo. Não adianta se lamentar. O lance é estar preparado para essa transformação, que é natural.

Leia a matéria completa no New Mag, parceiro do Metrópoles — clique para ser redirecionado. 

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