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O que está por trás dos tributos nostálgicos na música brasileira

Uma onda de tributos a grandes nomes da música brasileira tomou conta dos palcos e das plataformas digitais nos últimos anos

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Foto colorida de Tassia Reis e ALcione - METRÓPOLES
1 de 1 Foto colorida de Tassia Reis e ALcione - METRÓPOLES - Foto: Reprodução

Entre os lançamentos recentes é possível notar uma onda de tributos a grandes nomes da música brasileira. Em linha gerais, são artistas de outras gerações trazendo de volta ao público clássicos que marcaram época. Além da nostalgia, os projetos também misturam estratégias que buscam uma conexão mais profunda com influências musicais e, ao mesmo tempo, buscar novos ares para as próprias carreiras.

Entre os destaques dessa tendência estão Tássia Reis canta Alcione, Xande canta Caetano, Otto canta Reginaldo Rossi e Teresa Cristina canta Zeca Pagodinho, que será lançado ainda neste ano.

Em sintonia com essa tendência, a cantora Tássia Reis bombou em 2021 com uma homenagem a Alcione com seu álbum e shows dedicados à icônica cantora de samba. O projeto surgiu quando a artista recebeu um convite de um canal e decidiu homenagear a artista, que influenciou profundamente sua formação musical.

“Alcione é uma das artistas que eu cresci ouvindo, graças à influência da minha família, especialmente dos meus pais, que têm uma grande paixão por música, samba, música brasileira, música preta. Alcione faz parte desse universo musical que sempre esteve presente para mim, a ponto de eu nem me lembrar da primeira vez que a ouvi. Por isso, foi natural e imediato pensar nela quando surgiu a ideia de um tributo”, explicou Tássia em entrevista ao Metrópoles.

O impacto da homenagem de Tássia Reis a Alcione foi notável, não apenas pelo reconhecimento do seu trabalho, mas também pela capacidade de atrair novos públicos. “Foi maravilhoso ver pessoas dizendo ‘vim com minha filha que adora seu trabalho, enquanto eu sou fã da Alcione’. Essas reações mostram como a homenagem criou um espaço de união entre famílias, casais, jovens e mais velhos”, pontua.

“Nostalgia e agraciamento”

Já o cantor Otto, conhecido por sua carreira original, mergulhou na obra de um dos maiores nomes do brega romântico: Reginaldo Rossi. “Eu quis dar minha imersão na obra desse rei”, revelou o artista pernambucano.

Ele contou que selecionou cuidadosamente as músicas para capturar a essência do artista, mantendo a originalidade dos arranjos e oferecendo uma interpretação fiel que respeita a genialidade de Rossi.

“O show é incrível para quem assiste e, para mim, que interpreto”, diz Otto, destacando a conexão emocional que o público sente com as canções. Para ele, o processo de homenagem é menos sobre alavancar a carreira e mais sobre “curtir e aprender muito” com a obra do homenageado.

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Otto
Xande de Pilares canta Caetano
Xande de Pilares e Caetano Veloso
Zeca Pagodinho e Teresa Cristina
Teresa Cristina
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Tássia Reis

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Xande de Pilares canta Caetano

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Xande de Pilares e Caetano Veloso

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Zeca Pagodinho e Teresa Cristina

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Teresa Cristina

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Homenagem aos ícones

Um dos grandes nomes do samba, Teresa Cristina anunciou recentemente que vai lançar um álbum em homenagem ao ícone do gênero, Zeca Pagodinho. A cantora garante que sua admiração por Zeca é profunda e duradoura, e ela se preocupa em destacar as composições que muitas vezes foram deixadas de lado pelo próprio sambista para promover outros artistas.

“Eu percebi que o Zeca sempre deixou de gravar suas composições para ajudar seus amigos porque ele sabe da diferença que faz para essas pessoas ter uma música interpretada por ele. O Zeca está sempre lançando outros compositores e se coloca em segundo plano, então pensei que alguém precisava mostrar para o mundo as lindas canções que ele já fez”, explica a artista.

Outro grande nome do samba que homenageou um dos maiores cantores do país foi Xande de Pilares, com álbum Xande canta Caetano, lançado em agosto de 2023. O projeto de sucesso, segundo o sambista, foi inspirado por conversas e encontros com o próprio Caetano e é uma forma de expressar sua admiração e carinho pelo ícone da MPB.

Segundo Xande, ele começou a “respirar” a musicalidade de Caetano ainda muito jovem, entre os 11 e 12 anos. Sempre acompanhando o trabalho do artista, o sambista virou amigo dele e conta que o desejo de fazer um disco dedicado ao cantor surgiu em um dos encontros musicais na casa de Paula Lavigne, por um pedido de Caetano.

O álbum gerou muita comoção e até rendeu um vídeo de Caetano Veloso se emocionando ao escutar as canções. Veja:

 

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