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O que é midstream? Entenda o novo conceito da indústria musical

Nem tão famosos, mas ainda sim conhecidos, esses artistas são estrelas nos principais festivais do Brasil

atualizado

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Camila Cornelsen
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1 de 1 dudabeat - Foto: Camila Cornelsen

Na primeira década dos anos 2000, um gênero ganhou força no mundo da música. O indie reunia os grandes nomes da música nacional e gringa: The Killers, Strokes e, por um tempo, os Los Hermanos. O tempo passou e o cenário evoluiu. Atualmente, festivais e as redes sociais têm se focado em uma nova nomenclatura, o midstream.

O conceito define-se mais pela sua negação: ele não é mainstream (sucesso na mídia) nem underground. Localiza-se no meio do caminho, entre os dois extremos. Nessa categoria, estão nomes que têm brilhado em festivais do Brasil, como Silva, Francisco El Hombre, Duda Beat e Rincon Sapiência.

A mudança da alcunha indie para midstream não é apenas uma escolha vocabular. A primeira denominação tratava do caráter independente dos artistas, trabalhando à margem das grandes gravadoras. Porém, o termo tornou-se insuficiente, para projetar as escolhas estéticas desses artistas.

“Esse mercado que era indie virou o midstream. Afinal, há nomes muito consolidados, que já são mainstream, abandonando as gravadoras e se tornando independentes. O midstream é uma consequência da mudança da indústria fonográfica, da democratização do acesso, da consolidação das redes sociais”, comenta Diego Marx, curador do Festival CoMA – uma das referências do cenário.

Redes sociais

As redes sociais são um elemento essencial nessa nova onda. Afinal, uma das características principais do midstream é não ter presença constante em programas de televisão e rádio. Por isso, os artistas usam a internet como uma forma de divulgação do trabalho e também de monetização.

Duda Beat, por exemplo, tem 137 mil seguidores no Instagram. O número pode até não parecer tão expressivo assim, mas o clipe da faixa Bixinho, no YouTube, tem 2,8 milhões de reproduções.

Liberdade

Diego Marx fala que, para alguns artistas, estar no midstream é uma escolha estética. “Nessa faixa da indústria fonográfica, os artistas têm maior liberdade, pois não precisam se sujeitar às regras das gravadores”, comenta.

Na edição 2019 do CoMA, diversos artistas fortes do midstream têm presença garantida, como BaianaSystem, Heavy Baile, Liniker e Os Caramelows e Luedji Luna.

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