Neil Young processa Trump por uso indevido de músicas em campanha eleitoral
Rockin’ in the Free World, um dos maiores hits do roqueiro, e Devil’s Sidewalk foram tocadas em comício sem autorização do artista
atualizado
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O roqueiro Neil Young moveu processo contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta terça (4/8), por uso indevido de duas músicas de seu repertório em eventos eleitorais. O republicano tenta se reeleger nas eleições 2020. O músico publicou a ação judicial em seu site oficial.
De acordo com Young, 74 anos, a campanha de Trump utilizou, sem autorização, as canções Rockin’ in the Free World, um de seus maiores hits, e Devil’s Sidewalk em evento de campanha em junho, na cidade de Tulsa (Oklahoma).
“Esta ação não pretende desrespeitar direitos e opiniões dos cidadãos americanos, que são livres para apoiar o candidato de sua escolha”, diz o texto do processo de Young. “No entanto, o autor do processo, em sã consciência, não autoriza uso de sua música como ‘tema’ para uma campanha sectarista e anti-americana de ódio e ignorância”, continua a queixa.
Segundo Young e seus advogados, a campanha de Trump não obteve licença necessária para tocar publicamente as canções.
O republicano já utilizou músicas de Young antes, como na campanha para as eleições de 2016. Mas, em outras oportunidades, os eventos eleitorais haviam obtido autorização junto a entidades de direitos autorais.
A relação complicada entre a maioria dos artistas e o presidente Trump fez com que ASCAP e BMI, duas das principais instituições responsáveis pela cessão de direitos, alertassem políticos sobre a execução de obras musicais em campanhas eleitorais.
Por isso, vários artistas têm exigido junto a essas instituições cláusulas que proíbam o uso de suas obras para fins políticos. Na ação, Young quer coibir que a campanha de Trump volte a utilizar suas canções em eventos futuros.