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Não Para Não: Pabllo Vittar segue em ritmo ascendente no segundo disco

Cantora apresenta boas faixas e parcerias interessantes no novo trabalho

atualizado

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pabllo vittar disk me
1 de 1 pabllo vittar disk me - Foto: Divulgação

O segundo disco de cantores que conquistaram repentino e enorme sucesso é sempre um momento delicado. E essa sina não seria diferente com Pabllo Vittar: depois de encantar o Brasil com Vai Passar Mal (2017), a cantora apresenta Não Para Não.

O próprio título do disco aponta para o que esse álbum representa: Pabllo não quer e nem vai parar o sucesso conquistado na música pop brasileira. Aqui, inclusive, vale ressaltar a evolução vocal da cantora, mesmo sabendo o longo caminho a ser trilhado.

O atual trabalho é, de fato, um pouco inferior a Vai Passar Mal – a sina do segundo disco é infalível. Entretanto, passa longe de ser ruim. Pabllo e sua equipe optaram por manter a linha da cantora: forró e brega ganharam pitadas de outros ritmos brasileiros, como pagode e sertanejo.

No conjunto, o trabalho traz coerência e hits. Tem balada romântica (Disk Me e Não Vou Deitar), aquele fuzuê brega (Buzina), pagode (Trago Seu Amor de Volta) e um pop delícia (No Hablo Español).

A artista aposta no que a fez se tornar um grande fenômeno: mesmo sendo um ícone LGBT, a drag queen investe em ritmos tradicionalmente associados à (na falta de um termo melhor) “cultura heterossexual padrão”. Assim, atinge com sua mensagem de inclusão um público muito maior. Que bom!

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Cantora em cena do clipe de Disk Me

 

Buzina, Seu Crime e Problema Seu, faixas de abertura, trazem a pegada que fez Pabllo Vittar ir longe demais: tecnobrega, cultura urbana e a voz aguda da artista.

Disk Me e Não Vou Deitar representam elementos que parecem encantar a drag: baladas românticas. Vale registro também o trio de colaborações. De início, Ouro conta com participação de Pablo Urias, a fiel escudeira de Pabllo. Uma linda letra de superação contra o preconceito.

Na sequência, o pagode chega com Trago Seu Amor de Volta, parceria com o cantor Dilsinho. O melhor momento do disco: daquelas músicas para ouvir no repeat 10 vezes seguida. Dançante e cantante!

A funkeira Ludmilla chega em Vai Embora. Boa faixa, animada e wannabe hip-hop – porém, ficou mais com a cara da parceira do que de Pabllo.

Não Para Não é um trabalho que mostra evolução artística de Pabllo, apesar de ser pouca coisa menos atrativo na comparação com Vai Passar Mal. Só comprova: atura ou surta!

Avaliação: Bom

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