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Mulheres são as principais consumidoras de guitarras do mundo

Vice-presidente da Fender afirmou que as consumidoras estão salvando o mercado: o Metrópoles conversou com três guitarristas do DF

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Brasília (DF), 15/08/2018  – Evento: Música –  Local Igrejinha
1 de 1 Brasília (DF), 15/08/2018 – Evento: Música – Local Igrejinha - Foto: JP Rodrigues/Especial para o Metrópoles

O vice-presidente da Fender, Justin Norwell, garantiu que o mercado mundial de guitarras está vivo e passa bem graças a uma fatia de consumidores: as mulheres. Em entrevista ao site Australian Musician, o representante da fabricante americana de instrumentos musicais atribuiu ao aumento de integrantes femininas em bandas a continuidade dessa indústria.

“O negócio da guitarra tem crescido nos últimos anos e a tendência é aumentar. Tem muito mais mulheres guitarristas em festivais e em bandas, e muitas delas são as líderes em grupos que focam no instrumento. Estamos fortes”, comemorou. A declaração do representante da Fender vai de encontro com a recente notícia de que a marca, junto à gigante Gibson, estaria lutando contra a falência.

O lugar das mulheres em conjuntos musicais, antes restrito a posições como vocalista ou pianista, vem se tornando cada vez mais compartilhado com os colegas homens. “As coisas estão melhorando. Hoje, é comum ver mais de uma mulher em uma banda. Quando eu comecei em Brasília, não era assim. Acredito que em 10 ou 15 anos, a participação feminina na música será mais difundida”, comenta a guitarrista Marlene Souza Lima.

À frente do Marlene Souza Lima Grupo, a artista especializada em jazz e blues cansou de ser questionada se era a vocalista da banda. “Estou acostumada, às vezes até me faço de doida, digo que sou a cantora. Quando chego com a guitarra nas mãos, o povo deve achar que eu a estou levando para alguém… é estranho demais”, relata a instrumentista com mais de 25 anos de carreira.

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Beatriz Souza faz parte da nova geração de guitarristas: aos 18 anos, está preparando seu primeiro disco solo
Marlene acredita que a participação feminina em bandas é uma tendência crescente
Beatriz comemora a maior participação feminina no papel de guitarrista: boas perspectivas para a carreira
Taís Cardoso toca violão atualmente, mas precisou apresentar um solo inteiro de Guns N' Roses para ganhar a primeira guitarra dos pais
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Marlene Souza Lima está há mais de 25 anos no jazz

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Beatriz Souza faz parte da nova geração de guitarristas: aos 18 anos, está preparando seu primeiro disco solo

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Marlene acredita que a participação feminina em bandas é uma tendência crescente

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Beatriz comemora a maior participação feminina no papel de guitarrista: boas perspectivas para a carreira

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Taís Cardoso toca violão atualmente, mas precisou apresentar um solo inteiro de Guns N' Roses para ganhar a primeira guitarra dos pais

Breno Galtier/Divulgação

 

Nova geração
A maior presença de mulheres em bandas de rock e de jazz é comprovada pela trajetória da jovem Beatriz Sousa. Aos 18 anos, ela integra o conjunto de trash metal Flammea e se prepara para gravar o primeiro disco solo. “Estamos correndo atrás, nos cansamos de ser somente vocal ou teclado. Estou, inclusive, ensinando uma amiga a tocar guitarra. O aumento da presença feminina em bandas vai ser bom para a minha carreira, estou animada”, comemora.

Vocalista da banda Augusta, Taís Cardoso entrou para a música aos 8 anos com o sonho de ser guitarrista. Para ganhar o primeiro instrumento, precisou se provar para os pais. “Tive que tocar um solo do Guns N’ Roses na loja. Aos 13, passei a me dedicar ao violão”, lembra. De acordo com a artista, a maior presença feminina em conjuntos musicais é uma tendência em crescimento. “Fico feliz de ver e poder acompanhar de perto mulheres inspiradoras”, elogia.

Observando gerações que passaram por suas aulas de violão e guitarra, Marlene vê uma diferença de perspectiva nas alunas. “As meninas viam as aulas somente como uma terapia e, na hora de se profissionalizar, abandonavam a música. Agora, elas encaram a profissão de musicista”, avalia.

Veja guitarristas que inspiram as entrevistadas:

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A brasileira Lari Basilio tem carreira internacional e é modelo para a jovem Beatriz Sousa
A britânica Lianne La Havas é inspiração para Taís Cardoso: "Gosto do estilo dela de tocar e dos timbres das guitarras que ela usa, principalmente as semiacústicas."
A paixão por Iron Maiden é compartilhada por Beatriz Souza e sua ídola, a guitarrista californiana Nita Strauss
Inspirada majoritariamente por homens, Marlene Souza Lima descobriu tardiamente a música de Emily Remler. "O que me impressiona é que ela era muito boa, mas muita gente não a conhece", lamenta a guitarrista
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A cantora gospel Sister Rosetta Tharpe é uma das "vovós" do rock e é uma das guitarristas favoritas de Marlene Souza Lima: "O rock foi criado por uma mulher negra, não pelo Elvis"

Tony Evans/Getty Images
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A brasileira Lari Basilio tem carreira internacional e é modelo para a jovem Beatriz Sousa

Scott Dudelson/Getty Images
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A britânica Lianne La Havas é inspiração para Taís Cardoso: "Gosto do estilo dela de tocar e dos timbres das guitarras que ela usa, principalmente as semiacústicas."

Rich Polk/Getty Images for Communities In School Los Angeles
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A paixão por Iron Maiden é compartilhada por Beatriz Souza e sua ídola, a guitarrista californiana Nita Strauss

Carrie Davenport/Redferns
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Inspirada majoritariamente por homens, Marlene Souza Lima descobriu tardiamente a música de Emily Remler. "O que me impressiona é que ela era muito boa, mas muita gente não a conhece", lamenta a guitarrista

George Rose/Getty Images

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