Móveis Coloniais de Acaju se despede em show no Museu Nacional

“Vai deixar saudade”, diz o músico e produtor Fabrício Ofugi sobre o show que o Móveis Coloniais de Acaju fará na noite deste sábado (31/12), em frente ao Museu Nacional. A apresentação será a última da banda brasiliense. Nascido em 1998, o grupo anunciou o término em outubro e reservou a virada do ano para o show de despedida na capital federal.

“A gente decidiu não levar mais os projetos de banda como principal atividade”, explica Ofugi. A Móveis teve 18 anos de carreira, com o primeiro disco, “Idem”, lançado em 2005. “Sem Palavras”, o single que saiu em 2007, ficou em 21ª posição na lista de 50 melhores músicas do ano na revista Rolling Stone. Em 2010, a banda ganhou o Prêmio Multishow na categoria Experimental.

Separação sem litígio
Fabrício Ofugi garante que não foram atritos entre os integrantes a causa da decisão. Cada um deles possui projetos individuais e, em muitos casos, incluem os companheiros de banda. “Inclusive, vamos fazer uma reunião com nossos filhos aqui em casa”, comenta.

Entre os projetos independentes envolvendo os músicos do Móveis, a lista é grande. O saxofonista Edras Nogueira possui um projeto musical solo. Paulo, também saxofonista, faz um trabalho junto com BC, que já foi da banda.

O guitarrista Jatobá, está gravando um disco com seu outro grupo, Brown-Há. André Gonzales desenvolve o projeto de serenatas orquestradas e Fábio, baixista, tem muitos trabalhos na produção de festas, como a Afete-se, o projeto Móveis Convida e a loja Vai Té Chá.

De Brasília para o Brasil
O fim do Móveis Coloniais de Acaju é também um marco para Brasília, que perde mais uma banda nascida aqui. Com influências do indie rock, pós-punk, garage rock, ska e música brasileira, o Móveis conquistou fãs em todos os estados do Brasil.

A história do Móveis Coloniais e sua relação com a capital federal foi registrada no documentário “Mobília em Casa”, do diretor José Eduardo Belmonte. No filme, o grupo e percorre 10 regiões administrativas do Distrito Federal e ainda conta com depoimentos de gente como o cineasta Adirley Queirós.

Despedida também em São Paulo e Rio
Shows de despedida aconteceram também no Teatro Mars, em São Paulo, e no Centro Cultural Imperador, no Rio de Janeiro. Foram três apresentações em cada cidade, mobilizando cerca de 10 mil pessoas.

Para uma banda com berço em Brasília, o show da festa da virada do ano, no Museu Nacional, é muito simbólico. “Uma coisa que a gente sempre pregou foi o amor pela cidade. Este show fecha um ciclo, celebra nossa passagem por aqui”, diz Ofugi.

O último show do Móveis terá apenas 45 minutos, devido à programação geral do ano-novo. Serão cercas de 11 músicas para os saudosistas relembrarem os velhos tempos. Canções como “O Tempo”, “Copacabana” e “Dois Sorrisos” estarão no repertório.

A banda promete manter as redes sociais ativas, com algumas novidades esporadicamente. Os fãs se manifestaram sobre o show nas redes sociais

Mudando de assunto: Nem acredito que ta chegando o último show de uma das minhas bandas preferidas. O @moveis Coloniais de Acaju.

— M.P (@Trilhanofio) 29 de dezembro de 2016

O último show dos Móveis Coloniais de Acaju vai ser dia 31
DIA 31
cacete

— lara na bad (@heyraconteuse) 30 de dezembro de 2016

Criolo é até que bacana mas não faz meu estilo. só Móveis Coloniais de Acaju que fará o ultimo show da vida que me conforta

— Monstro do pântano (@Brando_Dex) 10 de dezembro de 2016