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Mateus Aleluia faz pré-lançamento de álbum Fogueira Doce em Brasília

Único integrante vivo d’Os Tincoãs, o cantor leva seu novo disco para a Caixa Cultural e aproveita para lançar livro sobre o trio baiano

atualizado

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Vinicius Xavier
Mateus Aleluia_Créditos Vinicius Xavier
1 de 1 Mateus Aleluia_Créditos Vinicius Xavier - Foto: Vinicius Xavier

O cantor e compositor baiano Mateus Aleluia vai fazer, na quinta e na sexta (5 e 6), o pré-lançamento de seu novo álbum, Fogueira Doce na Caixa Cultural Brasília. Único integrante vivo do trio Os Tincoãs, ele vai tocar as faixas Eu vi Obatalá, Ogum Akorô e Convênio no Orum, entre outras canções. Ao seu lado, se apresenta o músico brasiliense Vinicius de Oliveira.

O álbum é um tratado sobre a vivência do músico em Luanda, capital de Angola. Segundo disco solo do artista, passa por temas como o da cultura afro-brasileira, do candomblé, da filosofia e do amor. São composições fundadas no afro-barroco, conceito que Aleluia criou e defende.

“Fogueira Doce veio de uma visão que eu tive ao nascer do sol em Luanda. Era madrugada, um tempo frio, e quando eu vi aquele sol chegando naquela manhã, parecia um ovo surgindo de uma casca dura. No final do dia, o fenômeno contrário: a gema voltando para sua casca. Isso me marcou muito, o disco é o resumo dessas sensações que tive por ali”, comenta.

A relação de Aleluia com Angola começou em 1983, quando visitou o país a convite de Martinho da Vila, em um programa de solidariedade às nações africanas que haviam conquistado a independência. “O pessoal ia e voltava. A gente ficou. Nossa música criou um impacto muito grande lá”, lembra o cantor, que, um ano depois de sua chegada, conheceu seu grande amor: Rosa, com quem é casado até hoje. A música que dá título ao seu novo álbum, inclusive, é dedicada a ela. Aleluia só retornou definitivamente ao Brasil em 2002.

Durante a visita à capital, Aleluia vai aproveitar para lançar também o livro Nós, os Tincoãs, coletânea de textos sobre o trio formado nos anos 1960 que, na década seguinte, levou as tradições africanas e afro-brasileiras para a música popular brasileira. O músico contribui para a obra com seu depoimento.

“A cultura musical africana se mantém no Brasil por causa da música ritualística brasileira, que é o candomblé. Os cantos do candomblé nos embalavam de noite e os da igreja católica nos embalavam durante o dia. De forma natural, temos essa amálgama de ancestralidade”, comenta o artista.

Em sua segunda apresentação em Brasília, Aleluia se mostrou animado para reencontrar o público da capital. “As pessoas são extremamente calorosas e simpáticas. Brasília me surpreendeu, sinceramente. É um público acolhedor, curioso, sensível. Isso, para a gente, é tudo”, elogia.

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Os Tincoãs, banda bahiana que fazia um som afro-barroco com influências de sambas de roda, dos ritmos do
candomblé e da música sacro católica
Mateus Aleluia visitou Angola em 1983, a convite de Martinho da Vila, e não quis mais voltar
Capa do segundo álbum solo do músico, Fogueira Doce
O artista aproveita para lançar também o livro Nós, os Tincoãs, com coletânea de textos sobre o grupo musical
"Fogueira Doce é o resumo das sensações que tive em Luanda. Tem uma série de músicas no álbum que se reportam a essa visita"
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Aos 74 anos, o baiano canta as sensações que teve ao conhecer Luanda, a capital de Angola

Vinicius Xavier
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Os Tincoãs, banda bahiana que fazia um som afro-barroco com influências de sambas de roda, dos ritmos do candomblé e da música sacro católica

Divulgação
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Mateus Aleluia visitou Angola em 1983, a convite de Martinho da Vila, e não quis mais voltar

Vinicius Xavier
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Capa do segundo álbum solo do músico, Fogueira Doce

Rafo Coelho
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O artista aproveita para lançar também o livro Nós, os Tincoãs, com coletânea de textos sobre o grupo musical

Christian Cravo/Garimpo Música
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"Fogueira Doce é o resumo das sensações que tive em Luanda. Tem uma série de músicas no álbum que se reportam a essa visita"

Compacto Petrobras/Reprodução

Pré-lançamento do álbum “Fogueira Doce” com Mateus Aleluia
Quinta e sexta (5 e 6/4), às 20h, na Caixa Cultural Brasília (SBS, Quadra 4, Lotes 3/4). Ingresso: R$ 10 (preço de meia-entrada). Classificação indicativa livre.

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