Mari Fernandez, a voz feminina de sucesso do piseiro Não, Não Vou
Aos 20 anos, a cantora conquistou espaço em um ritmo dominado por homens e ocupa as paradas de músicas mais ouvidas
atualizado
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Após estourar no ano passado, a pisadinha (ou piseiro) se tornou um dos ritmos mais ouvidos pelos brasileiros. Para comprovar, basta uma breve olhada no ranking de músicas mais escutadas nas plataformas de streaming no país atualmente. Entre bandas e cantores, em maioria homens, é possível notar a presença de uma voz feminina em destaque: Mari Fernandez.
A jovem, de apenas 20 anos e natural de Alto Santo (CE), quebrou a hegemonia masculina no ritmo e, ao emplacar seu primeiro hit, já acumula números impressionantes. Nessa semana, a música Não, Não Vou, interpretada pela cantora, ficou em 1º lugar tanto no Spotify quanto no Deezer, na playlist de virais, em ambas as plataformas.
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Parte do sucesso do hit deve-se ao fato de a canção ter se tornado febre no TikTok, onde já serviu como trilha sonora para mais de 400 mil vídeos. Uma dancinha despretensiosa fez com que a voz de Mari Fernandez chegasse a milhões de brasileiros na rede social.
“Gravamos a música e, naturalmente, surgiu a dancinha, foi tudo muito orgânico. Com certeza o TikTok foi uma porta que ajudou muito! Foi o primeiro degrau que ajudou a gente a subir todos os outros”, reconhece a artista.
Talento nato
A decisão de profissionalizar a carreira veio há pouco tempo, cerca de oito meses. No entanto, desde a infância, Mari tem a música presente em sua vida, principalmente pela influência familiar.
“Minha tia foi dançarina, minha avó era compositora. Além disso, primos e até minha mãe já chegaram a cantar em bandas pequenas mas, infelizmente, não foi para frente. Hoje, a torcida está grande, a família dá graças a Deus e acredita que eu vou conseguir, finalmente, alcançar todo o Brasil”, relata Mari.
Além de cantar, a jovem também compõe. Sua primeira canção autoral surgiu aos 15 anos de idade. “Eu dei umas namoradas por aí, sofri e descobri que podia ser compositora [risos]”, confessou.
Foi muito jovem também que a artista começou a fazer apresentações em público, nos bares de sua cidade, sem produções, apenas com voz e violão. Em entrevista ao Metrópoles, Mari relembrou, inclusive, alguns episódios típicos de início da trajetória de artistas de sucesso.
“Quando eu comecei a cantar para o público, aos 15 anos, eu era muito sem experiência. Eu só queria cantar sertanejos e quem canta em barzinho tem que cantar de tudo. Já mandaram eu descer do palco depois de três músicas, já achei que a casa de show ia lotar e não foi ninguém”, recorda. “Hoje, eu sinto que tenho mais maturidade de voz e estou preparada para carreira profissional”, completa.
Referências femininas
Com uma veia de sofrência, a artista tem mostrado, em toda oportunidade, que veio como a voz feminina do piseiro. No último dia 6, Mari esteve ao lado de Solange, ex-Aviões do Forró, em uma live. A cearense se sentiu lisonjeada em dividir o palco com uma de suas artistas prediletas.
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O timbre marcante de Mari Fernandez a sujeita ser, com certa frequência, comparada à Marília Mendonça – o que a cearense considera uma grande honra. Assim como a sertaneja, apesar da pouca idade, a artista tem a ousadia e talento suficientes para ocupar espaços recorrentes a presença masculina.
“Para mim é uma honra ser comparada a Marília, ela é uma inspiração para mim. Sempre a admirei muito. Meu piseiro é como o sertanejo dela, o pessoal vai sofrer, vai sentir. É muito bom olhar para ela e ver que minha carreira pode, um dia, chegar naquele patamar”, reflete Mari Fernandez.
Projetos profissionais
Piseiro Sofrência é o álbum de estreia de Mari Fernandez e conta com 10 canções, três delas inéditas: Amizade Colorida; Não, Não Vou e Agonia. A faixa Não, Não Vou já chegou ao TOP 1 viral do Spotify Brasil e TOP 4 Viral mundial, além de figurar no TOP 100, das mais tocadas no Brasil dentro do Spotify.
Mari revelou que, por estar em seu primeiro lançamento, ainda está surpresa com a velocidade com que seu nome está crescendo no cenário musical e a ficha parece não ter caído.
“Eu começo a perceber o alcance agora, que eu estou andando na rua, em Fortaleza, e as pessoas estão me reconhecendo. Eu ainda estou me adaptando à correria de estar para cima e para baixo. Mas, dizem por aí que eu já nasci pronta. Eu sempre quis isso!”, afirma a cantora. “Quando eu tive a oportunidade, ajoelhei e pedi para Deus. O que tenho feito é trabalhado. Escutando meu empresário, minha equipe. Sou nova, mas eu vim para ficar”, garante.
Para os próximos dias, a cantora prepara uma nova versão de Agonia, desta vez em parceria com o cantor Vitor Fernandes – dono do hit Acaso. O clipe foi gravado em Fortaleza e tem lançamento previsto ainda para junho.
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