Man of the Woods mostra Justin Timberlake na zona de conforto
Com faixas medianas, o disco não traz a potencialidade criativa do maior astro da música pop masculina
atualizado
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Justin Timberlake é um astro consolidado e com carreira extensa, cheia de hits e apresentações importantes (por exemplo, a recente no Super Bowl 52). Todo esse background enche de expectativa fãs do mundo inteiro a cada lançamento. Não foi diferente com Man of the Woods. O novo disco traz o cantor em boa forma, mas sem a pegada já vista nos excelentes FutureSex/LoveSounds e The 20/20 Experience.
Man of the Woods começa com o primeiro single de trabalho de Timberlake, Filthy. Na música, aparece uma síntese do que o astro faz de melhor: um mix de música eletrônica, hip-hop e dance. Uma faixa bem executada, mas sem aquele ar de surpresa sempre aguardado quando o assunto é a maior estrela do cenário pop masculino.Em Midnight Summer Jam, o cantor apresenta todo seu conhecimento em dance music. A faixa dançante é uma grande surpresa do disco – tomara que vire single e clipe o mais rápido possível.
A sequência reserva a faixa-título Man of the Woods, na qual ele retrata a vida de homens na simplicidade do contato com a natureza. “Sou um homem da floresta, esse é meu orgulho”, diz um verso.
Essa vibe de musiquinhas legais, mas sem nenhuma SexyBack, domina as 19 faixas do disco. Se, em The 20/20 Experience, vimos Mirrors, neste Man of the Woods, Timberlake parece um artista cansado de experimentar e preso a fórmulas seguras. Pinça eletrônico, um pouco de hip-hop e uma batida de pop radiofônico.
Falar que se trata de um disco ruim é exagero. Mas também não vai figurar entre as memoráveis produções do artista. Faltou o que Timberlake mais sabe colocar em suas músicas: tempero.
Avaliação: Regular