Mais polêmica: Taylor Swift abre guerra contra empresário e gravadora
A cantora foi às redes sociais e desencadeou uma discussão acerca de sua credibilidade
atualizado
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No domingo (30/06/2019), jornais reportaram que a gravadora Ithaca Holdings, do gerente musical Scooter Braun adquiriu a gravadora Big Machine Records, liderada por Scott Borchetta. A label responsável por grandes artistas como Justin Bieber. Ariana Grande e da maioria do catálogo de Taylor Swift.
Braun é um produtor de talento da indústria da música nos Estados Unidos. Swift, por sua vez, havia trocado de gravadora ao assinar com a Universal Records no final de 2018. Todas as canções dela produzidas desde então – que inclui dois singles de um futuro álbum – pertencem à artista. No entanto, os seis outros álbuns dela ainda são propriedade da Big Machine Records e passaram para a Braun.
Bullying
Logo após saber da notícia, a cantora foi à sua página do Tumblr para escrever uma carta sobre Braun e sua decisão de deixar a Big Machine. “Durante anos, eu pedi, implorei por uma chance de ser dona do meu trabalho”, diz a introdução.
“Ao invés disso, [eles] me deram uma oportunidade de assinar novamente [o contrato] com a Big Machine Records e ‘ganhar’ um álbum de cada vez, [em troca] de cada disco novo que eu entregar. Desisti, pois sabia que uma vez que assinasse o contrato, Scott Borchetta venderia a gravadora, me vendendo e vendendo o meu futuro. Eu tive que fazer a escolha excruciante de deixar meu passado para trás. Músicas que escrevi no chão do meu quarto e vídeos sobre os quais sonhava”, argumenta a cantora.
Ela ainda acusou Braun de ser responsável por “bullying manipulador e incessante”. “Tipo quando a Kim Kardashian orquestrou o vazamento de parte de uma gravação ilegal de uma ligação e depois Scooter convenceu dois de seus clientes a se juntarem para fazerem bullying comigo on-line sobre o áudio”, destacou Swift. A popstar fez referência a uma foto postada por Justin Bieber com Kanye West, que ela usou no topo de sua carta.
Ataques
A cantora ainda incluiu outra situação onde ela se sentiu atacada por Braun. “[Por exemplo] quando seu cliente, Kanye West, organizou um vídeo de revenge porn que despiu meu corpo. Agora Scooter tem me despido da minha obra e eu nem tive a oportunidade de comprá-la. Essencialmente, meu legado musical está prestes a pertencer a alguém que tentou o destruir”, alegou Swift.
“Esse é o pior cenário. Isso é o que acontece quando você assina um contrato aos 15 anos com alguém para quem o termo ‘lealdade’ é apenas um conceito contratual. E quando esse homem diz que ‘música tem valor’, ele quer dizer que seu valor é reservado a homens que não tiveram parte na criação [do trabalho]”, segue a artista.
Quando eu deixei [a obra] nas mãos de Scott, eu aceitei o fato de que eventualmente ele [a] venderia”, continuou a cantora. “Nunca poderia imaginar, nos meus piores pesadelos, que o comprador seria Scooter. Qualquer hora que Scott Borchetta ouviu as palavras ‘Scooter Braun’ de mim, foi quando eu estava ou chorando ou tentando não chorar. Ele sabia o que ele estava fazendo; ambos sabiam. Controlar uma mulher que não queria ser associada com eles. Na perpetuidade. Isso quer dizer para sempre
Taylor Swift
Ela termina a carta dizendo que ela está feliz com seu futuro musical, pois estará no controle das ações.
A resposta de Scott Borchetta
Na noite de domingo (30/06/2019), Borchetta escreveu uma carta no site oficial da Big Machine Records onde reforçou que a cantora sabia da aquisição antes de a notícia se espalhasse. Ele ainda duvidou da história de Swift, dizendo que o advogado e outro executivo, ambos do 13 Management (companhia da popstar), já deveriam ter notificado a artista do novo acordo comercial. Representantes da artista negaram que ela sabia do acordo antes de domingo.
A defesa de Taylor
A carta escrita pela cantora explodiu na web, com hashtags como #IStandWithTaylor e #WeStandWithTaylor sendo compartilhadas. Além disso, artistas como Halsey, Todrick Hall e a modelo Martha Hunt mostraram seu apoio pela popstar no Twitter.
? @taylorswift13 pic.twitter.com/1iI2tCr8my
— h (@halsey) 30 de junho de 2019
Halsey escreveu uma longa carta nas suas redes sociais, onde ela cita Swift como uma de suas inspirações em escrever as próprias letras. “Acreditava que se ela conseguiu fazer isso (de um jeito que fazia meus dentes doerem como água fria, meu coração inchar e meus olhos escoarem), então, eu também deveria”, escreveu Halseu. “Ela merece ser dona do trabalho meticuloso de seu coração”, completou.
For those asking, I left Scooter Braun a long time ago…I am saddened by this news, but not shocked. He is an evil person who’s only concern is his wealth and feeding his disgusting ego. I believe he is homophobic & I know from his own mouth that he is not a Swift fan.
— Todrick Hall (@todrick) 30 de junho de 2019
Todrick Hall, que participou da produção do novo vídeo de Swift, também defendeu a cantora, escrevendo: “Deixei Scooter Braun muito tempo atrás… Estou triste com essa notícia, porém, não surpreendido. Ele é uma pessoa má, cuja única preocupação é seu dinheiro e alimentar seu ego repugnante. Acredito que ele seja homofóbico e sei, de sua própria boca, que ele não é um fã [da] Swift”, argumentou.
A defesa de Scooter
Outros artistas, no entanto, fizeram posts em defesa de Scooter Braun. Justin Bieber postou uma foto no Instagram, pedindo desculpas pela foto referida por Swift. “Scooter tem [estado do seu lado] desde os dias que você graciosamente me permitiu abrir seu show”, escreveu Bieber. “Ao longo dos anos, nós não nos encontramos e não conseguimos conversar sobre nossas diferenças, mágoas ou frustrações”.
Demi Lovato também defendeu Braun em seu Instagram. “Ele é um homem bom”, escreveu a ex-estrela da Disney. “Pessoalmente, sou grata por ele ter entrado em minha vida. Por favor parem de fazer bullying com as pessoas. Já tem ódio o bastante neste mundo”, ponderou.
A esposa de Scooter, Yael Cohen Braun, também foi às redes sociais para defender o marido, alegando que teria de divulgar os fatos. “Você [Taylor] teve a oportunidade de ser dona de [sua obra] e recusou”, rebateu.