Ludmilla sobre trabalhar na música: “Para mulher preta é 10 vezes mais difícil”
Ludmilla falou sobre a carreira e os projetos para o futuro na Rio2C. Ela também comentou acerca dos desafios na indústria musical
atualizado
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Rio de Janeiro (RJ) – A cantora Ludmilla participou, nesta quinta-feira (13/4), de um painel sobre a sua própria trajetória na Rio2C. Em conversa com a jornalista Aline Midlej, a popstar falou sobre a carreira internacional, o lançamento do disco Vilã e da necessidade de se precisar trabalhar mais para conseguir feitos na carreira.
“Nessa indústria, nada é fácil para mulher, é uma indústria muito dominada por homens. Para você se impor, para você ter voz, ainda mais sendo mulher e preta, tem que fazer dez vezes mais”, falou Ludmilla, para delírio da plateia.
A cantora relembrou as dores e inseguranças do começo da trajetória. “Hoje, eu sou dona da minha carreira, sinto muito orgulho, vim praticamente do nada, não tinha uma direção, alguém da família que era do ramo. Eu tinha um sonho e mergulhei nele”, disse Ludmilla.
Ludmilla e Vilã
Falando dos desafios de viver na atual era da indústria da música, Ludmilla comentou sobre seu mais recente disco, Vilã. A artista revelou que não ficou satisfeita com o resultado da divulgação do álbum, mas que está retrabalhando todo o plano de marketing para tentar mudar a rota. “Não vou desistir de Vilã”, afirmou. “Minha música não foi feita para TikTok, foi feita para tocar a alma de alguém”, completou.
Por fim, Ludmilla falou sobre o plano pro futuro. E ele é descansar: segundo a própria artista, que completa 28 anos em 24 de abril, sua meta é desacelerar aos 35 anos. Ela garante que não será uma aposentadoria, mas um freio no ritmo alucinado que vive atualmente.
“Eu sou um foguete, mas, com 35, quero estar bem milionária para poder dar um freio”, concluiu.
*O repórter viajou a convite da Netflix